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Por que Thaísa, da seleção feminina de vôlei, usa uma 'perna biônica'? Entenda

ícone do vôlei feminino brasileiro, chamou a atenção nas Olimpíadas de Paris 2024 ao disputar a medalha de bronze usando uma espécie de 'perna biônica'

Gabi Gutierrez

A bicampeã olímpica Thaísa Daher, ícone do vôlei feminino brasileiro, chamou a atenção nas Olimpíadas de Paris 2024 ao disputar a medalha de bronze usando uma perna biônica, consequência de uma grave lesão no joelho sofrida em 2017. Entenda.

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"Uma coisa que ia ser uma artroscopia. Com um mês no máximo eu voltava, mas não me falaram. Então, eu continuei forçando meu joelho e não sabia que isso precisava ser feito. Aí estourou meu menisco, foi osso com osso e lascou foi tudo", disse Thaísa em uma entrevista ao Ge em 2021. Após uma cirurgia complicada e meses de recuperação, a atleta retornou às quadras, mas as dores persistentes a acompanham até hoje.

Lesão 

Na época, ela jogava pelo Eczacibasi, na Turquia, quando sofreu uma grave lesão no tornozelo direito no jogo contra o Fenerbahçe, nos playoffs da Liga dos Campeões. O incidente ocorreu após Thaisa ter entrado em quadra já lesionada, devido a uma ruptura parcial do ligamento lateral do joelho esquerdo e parte do menisco, sofrida em 20 de janeiro do mesmo durante um jogo contra o Bursa, pela liga turca.

Apesar da gravidade da lesão, o jornalista Guilherme Pallesi, marido da bicampeã olímpica na época, informou que não houve fratura. Thaísa foi rapidamente encaminhada a um hospital, onde os médicos conseguiram recolocar seu tornozelo no lugar.

Após o retorno às quadras, cravado como a melhor jogadora da Supeliga Feminina 2020/2021, Thaísa anunciou a aposentadoria da Seleção Brasileira. Na época, ela havia sido cotada para jogar a Olimpíada de Tóquio e surpreendeu ao tomar a decisão. Hoje, quase dois anos depois da decisão, se despede novamente da amarelinha, com medalha de bronze nas Olimpíadas de Paris 2024.

Paris 2024

Nas Olimpíadas de Paris 2024, Thaisa e a seleção brasileira conquistaram a medalha de bronze ao vencer a Turquia em uma partida emocionante neste sábado, 10 de agosto. Apesar das dores constantes, Thaísa demonstrou mais uma vez sua determinação e espírito de luta, ajudando a equipe a subir ao pódio. 

Bicampeã olímpica

Thaísa, aos 37 anos, já havia conquistado o ouro olímpico em Pequim 2008 e Londres 2012, consolidando-se como uma das maiores jogadoras de vôlei do mundo. Além das Olimpíadas, Thaísa também brilhou em outras competições importantes, como os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara em 2011, onde também conquistou o ouro, e o Grand Prix de Vôlei, no qual foi campeã cinco vezes, em 2008, 2009, 2013, 2014 e 2016.

Sua trajetória na seleção brasileira começou em 2008, quando tinha apenas 21 anos. Desde então, Thaísa se destacou por sua força, técnica e liderança em quadra, inspirando várias gerações de atletas.

Aposentadoria

Após a vitória que garantiu o bronze, Thaísa anunciou sua aposentadoria emocionada. "Acabou. Eu abracei o meu marido e disse isso e ele não entendeu o que significava. É um acabou de acabar, de fechar um ciclo, de terminar a trajetória", disse em entrevista à TV Globo. Satisfeita com sua jornada de 16 anos na Seleção Brasileira, a atleta acredita que é hora de passar o bastão para as atletas mais jovens.

Com uma carreira repleta de títulos e reconhecimento, Thaísa é apontada como uma das maiores jogadoras brasileiras de todos os tempos. Sua decisão de se aposentar marca o fim de uma era no voleibol brasileiro, mas seu legado certamente continuará a inspirar futuras gerações.

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