Ministro francês diz que não está descartado envolvimento estrangeiro em sabotagem contra trens
Os ataques ocorridos na madrugada de sexta-feira danificaram a infraestrutura ao longo das linhas que ligam Paris a cidades como Lille, no norte, Bordeaux, no oeste, e Estrasburgo, no leste. Outro ataque na linha Paris-Marselha foi frustrado.
PARIS (Reuters) - O ministro do Interior da França disse neste sábado que não pode descartar envolvimento de estrangeiros em um ataque que sabotou estações de sinalização e cabos na rede ferroviária de alta velocidade do país, causando caos no transporte no dia de abertura dos Jogos Olímpicos.
Os ataques ocorridos na madrugada de sexta-feira danificaram a infraestrutura ao longo das linhas que ligam Paris a cidades como Lille, no norte, Bordeaux, no oeste, e Estrasburgo, no leste. Outro ataque na linha Paris-Marselha foi frustrado.
Não houve reivindicação imediata de responsabilidade.
"Quem é o responsável? Ou é de dentro ou foi ordenado do exterior, é muito cedo para dizer", disse o ministro do Interior, Gérald Darmanin, à televisão France 2.
Ele acrescentou: "Descobrimos um certo número de elementos que nos levam a crer que saberemos rapidamente quem é o responsável".
Duas fontes de segurança disseram na sexta-feira que o modus operandi significava que as suspeitas iniciais recaíam sobre militantes de esquerda ou ativistas ambientais, mas que ainda não havia nenhuma evidência.
O tráfego na rede ferroviária de alta velocidade da França deve voltar ao normal na segunda-feira, disse o ministro dos Transportes, Patrice Vergriete, e o chefe da operadora ferroviária SNCF, Jean-Pierre Farandou, aos repórteres no sábado.
A SNCF reiterou que os planos de transporte para as equipes que competem nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 seriam garantidos.
Na sexta-feira, 100.000 pessoas não puderam pegar seus trens, e outras 150.000 enfrentaram atrasos, mas acabaram chegando a seus destinos, disse Vergriete.
"Ainda haverá interrupções amanhã", afirmou Vergriete. "A partir de segunda-feira, não há necessidade de se preocupar."
(Reportagem de Dominique Vidalon, Ingrid Melander e Leigh Thomas)
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA