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Escândalo de doping: China e WADA acusam EUA de facilitar competição de atletas dopados em Paris

CHINADA e Agência Mundial Antidoping criticam EUA por práticas antidoping inadequadas, enquanto cresce a disputa por transparência nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

O Liberal, com informações de AFP e Estadão Conteúdo

A crise envolvendo o doping nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 atingiu um novo patamar com a divulgação de acusações severas contra os Estados Unidos, feitas tanto pela Agência Antidoping da China (CHINADA) quanto pela Agência Mundial Antidoping (WADA). Ambas as entidades questionam a integridade dos processos antidoping americanos, levantando dúvidas sobre a legitimidade das competições.

Na quinta-feira (8), a CHINADA emitiu um comunicado exigindo mais testes antidoping em atletas americanos, após acusar os Estados Unidos de encobrir abusos "sistêmicos" no atletismo. O caso mais emblemático citado foi o do velocista Erriyon Knighton, que testou positivo para um esteroide anabolizante em março, mas foi autorizado a competir pela Agência Antidoping dos EUA (USADA), alegando-se que a substância teria origem em carne contaminada. A CHINADA criticou duramente a USADA, chamando-a de negligente e pedindo uma investigação independente sobre suas práticas.

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Paralelamente, a WADA divulgou uma nota oficial em que acusa a USADA de permitir que atletas dopados continuassem competindo em troca de atuarem como agentes secretos. Segundo a WADA, pelo menos três atletas americanos, que violaram regras antidoping, foram autorizados a competir sem qualquer penalidade, enquanto a agência americana mantinha o esquema em segredo, alegando que divulgar os casos poderia colocar a segurança dos atletas em risco. A WADA destacou que essa prática fere gravemente o Código Mundial Antidoping, que exige transparência e justiça em todos os processos.

A descoberta dessa prática pela WADA em 2021 gerou uma forte reação internacional. A organização afirma que imediatamente instruiu os EUA a interromperem o esquema, mas as consequências das ações da USADA ainda reverberam. A WADA questiona se o Conselho de Administração da USADA ou o Congresso dos EUA, que financia a entidade, tinham conhecimento dessas práticas, que minaram a integridade do esporte e comprometeram a segurança dos atletas.

 


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Esse novo capítulo no embate entre China e EUA reflete a intensificação das tensões nos Jogos de Paris-2024, onde ambos os países disputam a liderança no quadro de medalhas. A China, que já conquistou 12 medalhas na natação, vê suas vitórias sendo contestadas por acusações americanas, enquanto os EUA enfrentam uma crescente pressão internacional por suas práticas antidoping.

Com os próximos Jogos Olímpicos programados para Los Angeles em 2028 e a Olimpíada de Inverno em Salt Lake City em 2034, a disputa por transparência e justiça no esporte promete se acirrar, com desdobramentos que podem redefinir o cenário global das competições olímpicas.

 

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