Atleta olímpica brasileira pode perder a guarda da filha por competir; entenda
A velocista Flávia Maria de Lima foi convocada para correr os 800 metros livres, mas trava briga judiciária pela guarda da filha enquanto isso
Flávia Maria de Lima é velocista pentacampeã convocada para correr a prova de 800 metros livres nas Olimpíadas de Paris 2024 que, em um conturbado processo de divórcio, corre o risco de perder a guarda da filha de seis anos.
Isso porque, segundo a atleta, sempre que precisa viajar, o ex-marido a leva à Justiça alegando "abandono" da criança. Flávia precisou abrir o coração nas redes sociais e explicar que, devido às classificatórias para os Jogos e a manutenção das bolsas e patrocínios, precisou realizar diversas viagens e, sempre que ia, o pai da sua filha movia uma ação contra ela.
Veja:
"Toda competição que eu estava participando, ele estava protocolando um processo na tentativa de tirar a guarda da minha filha, tentando me desestabilizar. E utilizando os Jogos Olímpicos como algo para tentar tirar minha filha de mim. Como se fosse um crime uma mulher ter profissão, e se fosse crime uma mãe ter que viajar para trabalhar", explicou.
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O primeiro desabafo da velocista foi em junho, ainda durante os preparativos para os Jogos. Ela alega que, assim como outras mulheres que passam por processos parecidos, ela está sendo julgada por ter uma profissão muito bem-sucedida.
"Mas sei que não tenho que ficar aterrorizada. Só tenho que lutar, me proteger e me defender. Não é errado ou crime o que estou fazendo. Estou sendo mãe e uma pessoa normal que tem um emprego e profissão. Essa profissão é privilegiada em alguns momentos, principalmente nesta fase que estou, em Jogos Olímpicos. Vocês, mulheres que estão passando pelo mesmo processo e sendo oprimidas pelo sistema machista, ergam suas cabeças e lutem. Não tenham medo, vivam seus sonhos."
Flávia irá competir nesta sexta-feira (2) às 14h45 em Paris, nos 800 metros livres.
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