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Vôlei feminino: Brasil conquista vaga nas Olimpíadas de Paris em partida eletrizante contra o Japão

Seleção feminina de vôlei bate japonesas por 3 sets a 2 e fica com a segunda vaga do Pré-Olímpico

Pedro Cruz

No confronto decisivo deste domingo em Tóquio, a seleção brasileira de vôlei feminino, comandada por José Roberto Guimarães, assegurou sua presença nas Olimpíadas de Paris no ano seguinte ao superar as rivais japonesas em uma partida emocionante. O Brasil triunfou por 3 sets a 2, com parciais de parciais 25/21, 22/25, 27/25, 15/25 e 15/10, garantindo a segunda vaga no Pré-Olímpico - a Turquia já havia assegurado a sua participação.


O início da partida foi quase impecável para o Brasil, que se destacou tanto no bloqueio quanto na defesa, além de demonstrar eficiência no ataque. Julia Bergmann se destacou com três ataques consecutivos, abrindo uma vantagem de 6/2. Após um período de equilíbrio, o Japão buscou o empate. No entanto, a seleção brasileira manteve-se firme. Yamada, em saque preciso, empatou o jogo em 12/12.

O Japão assumiu a liderança pela primeira vez com um ataque de Koga. Entretanto, a seleção brasileira permaneceu atenta e, após um lance incrível de Roberta, Julia Bergmann marcou 16/14 com um bloqueio. O Brasil ampliou a vantagem, mas um erro coletivo permitiu que o saque de Seki fosse direto para o campo brasileiro, resultando em 20/18. O técnico Zé Roberto pediu tempo e reverteu a substituição imediatamente. Embora as japonesas tenham empatado, o Brasil fechou o set com um poderoso ataque de Julia Bergmann: 25/21.


Japão resiste e empata o jogo

O segundo set iniciou com um ataque de Julia Bergmann para fora, indicando um começo complicado para o Brasil. As jogadoras brasileiras pareciam desconcentradas e permitiram que o Japão abrisse 5/1 após uma série de erros. Zé Roberto interrompeu o jogo e substituiu Diana por Carol. Contudo, as coisas não mudaram muito. As japonesas ampliaram a vantagem para 8/1, levando Zé Roberto a trocar Julia por Maiara.

O Brasil tentou reagir e diminuiu a diferença, mas não por muito tempo. Com um ace de Inoue, as anfitriãs marcaram 14/8. Zé Roberto reintegrou Julia no lugar de Maiara, que havia cometido um erro na recepção no ponto anterior. Com o placar em 17/10, o técnico pediu tempo. Parecia improvável, mas o Brasil reagiu. Com dois pontos de Gabi, a diferença foi reduzida para 19/15 e Manabe pediu tempo. No entanto, isso não foi o suficiente. Com mais dois pontos, e outro pedido de tempo, Gabi, com um ataque perfeito, empatou o jogo em 19/19. A capitã havia assumido a responsabilidade, sendo descrita como "imparável". No entanto, a reação parou por aí. O Japão conseguiu se distanciar no final e fechou o set com um ace de Yamada.

Brasil reage e assume a liderança

Rosamaria parou o ataque de Koga no bloqueio e comemorou. Carol repetiu o feito e abriu 2 a 0 na volta à quadra. O Japão buscou e empatou em 5/5 com um bloqueio de Ishikawa. A virada aconteceu pouco depois, com a própria Ishikawa. O jogo estava longe de ser simples. O Japão, impulsionado por uma torcida apaixonada, permaneceu à frente.

A seleção empatou na reta final, com Julia Bergmann marcando 18/18. O Brasil teve a oportunidade de virar, mas Nyeme deixou o ataque de Hayashi passar após um rali prolongado. Com a recepção falha de Julia Bergmann no saque de Yamada, o Japão assumiu 23/21 e Zé Roberto pediu tempo. Mais uma vez, o Brasil voltou à luta. Gabi salvou dois set points consecutivos e empatou novamente: 24/24. Um ace de Rosamaria deu à seleção a chance de fechar. E o time não desperdiçou. Julia Bergmann, com um ataque no limite, marcou 27/25.

Japão se recupera e força o tie-break

Gabi abriu o placar na volta à quadra. No entanto, o Japão não estava disposto a desistir facilmente. As anfitriãs viraram e marcaram 4/1. Quando o placar saltou para 6/2, Zé Roberto pediu tempo. A vantagem aumentou para 11/4 no bloqueio de Yamada sobre Gabi. Naiane e Tainara foram à quadra na inversão. O Brasil tentou reagir com três pontos consecutivos, mas a missão não era fácil.

O Japão aumentou a vantagem para 15/9. Zé, então, pediu mais um tempo. A seleção até tentou voltar à briga, mas acumulou uma série de erros. Julia, então, deu lugar a Pri Daroit, mas a diferença era muito grande àquela altura: 22/13. No final, Ishikawa fechou o set em 25/15 e forçou o tie-break.

Brasil sela vitória e a vaga para Paris

O Brasil começou firme ao abrir 3 a 0 no tie-break. A torcida japonesa incentivava intensamente sua equipe. Sob pressão, o Japão reduziu a diferença para 5/4. O Brasil aumentou novamente, mas o Japão buscou o empate em 10/10. Pri Daroit então silenciou a arena ao marcar 13/10 com um ace. Não havia mais espaço para reviravoltas. No final, vitória por 15/10 e vaga garantida nos Jogos de Paris.

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