Técnico Renan dal Zotto lamenta atitude de Maurício Souza e 'fecha as portas' da Seleção de Vôlei
Jogador da Seleção Brasileira foi afastado pelo Minas, seu clube, após declarações homofóbicas nas redes sociais
O técnico da Seleção Brasileira de Vôlei masculina, Renan dal Zotto, se posicionou em relação às declarações homofóbicas do jogador Maurício Souza, do Minas Tênis Clube. Ele foi afastado da equipe e Dal Zotto fechou as portas para ele na Seleção.
Nesta quarta-feira (27), Renan disse ao Jornal O Globo, que ficou decepcionado com a conduta do jogador e que na Seleção Brasileira não existe espaço para essa polêmica e estendeu a situação a toros os profissionais que compõe o grupo.
“Por se tratar de um assunto extremamente relevante procurei me informar sobre o caso no detalhe para me manifestar. E fiquei decepcionado. É inadmissível este tipo de conduta do Maurício e eu sou radicalmente contra qualquer tipo de preconceito, homofobia, racismo. Em se tratando de seleção brasileira, não tem espaço para profissionais homofóbicos. Acima de tudo preciso ter um time e não posso ter este tipo de polêmica no grupo. Não me refiro apenas ao elenco dos atletas. É geral, para todos os profissionais”, disse, rena Dal Zotto.
Renan falou sobre a importância do Douglas Souza, atleta homossexual, que esteve nos Jogos Olímpicos de Tóquio. E afirmou que não ocorreu nenhuma situação de homofobia no período da competição.
“Ele [Douglas Souza] se tornou uma grande referência para a comunidade LGBT e quer levantar esta bandeira. Eu acho legal e o apoio. O que posso dizer é que Douglas faz tudo de coração. Ele é exatamente como se mostra, espontâneo”, disse.
Nova convocação
Del Zotto informou que a situação dos atletas não afetará a Seleção Brasileira e lamenta o ocorrido.
“Não irá afetar. Não tem ninguém convocado ainda. Eu lamento pela polêmica. Este é um assunto atual e que tem de ser falado. Não se pode admitir este tipo de episódio de novo”, finalizou.
Defesa
Maurício Souza também falou sobre o ocorrido em sua rede social e disse que 'a gente não pode mas dar opinião e nem colocar os valores de família'.
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