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Rebeca Andrade e Caio Bonfim são os melhores atletas de 2024; veja todos os premiados

Atletas se destacaram nas Olimpíadas de Paris e foram os grandes vencedores do prêmio

Ricardo Magatti

Maior atleta olímpica da história do País, Rebeca Andrade foi mais uma vez vencedora do Prêmio Brasil Olímpico, entregue em cerimônia realizada na noite desta quarta-feira, no Vivo Rio, na zona sul da capital fluminense. A ginasta e Caio Bonfim, atleta da marcha atlética, foram escolhidos Atletas do Ano do esporte olímpico brasileiro na premiação organizada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Os vencedores receberam o Troféu Rei Pelé, renomeado assim, em homenagem ao maior jogador de futebol de todos os tempos, no ano passado.

Rebeca, que se tornou em Paris a maior medalhista da história do Brasil em Jogos Olímpicos, superou a judoca Beatriz Souza e a canoísta Ana Sátila para levar o prêmio.

Dona de seis medalhas olímpicas, a estrela da ginástica levou seu quarto Troféu Rei Pelé. Ela foi premiada como a melhor do ano em 2021, quando chegou aos seus primeiros pódios olímpicos, em 2022, quando foi campeã mundial do individual geral, e em 2023, quando venceu Simone Biles no salto no Mundial.

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Entre os homens, Caio Bonfim, que fez história nas ruas de Paris, conquistou seu o prêmio pela primeira vez ao superar o multimedalhista Isaquias Queiroz, da canoagem, e Edival Pontes, do taekwondo. O brasiliense de 33 anos ganhou na capital francesa a medalha de prata na marcha atlética de 20 km para o Brasil - a primeira da história para o país.

Carismático, brincalhão e emocionado, ele repassou seu início acidentado no esporte até festejar a primeira medalha em sua quarta Olimpíada. "Não desisti, fui para mais um ciclo, tentei de novo e acho que fui o primeiro a ganhar a medalha na quarta edição. Saí de Paris com a melhor das lições: acredite no sonho de vocês e trabalhe. Vale a pena", afirmou o grande vencedor da noite.

Caio também foi escolhido, por voto popular, o Atleta da Torcida Outras duas categorias foram escolhidas por meio de voto popular: Atleta Revelação e o Prêmio Inspire. Os vencedores foram, respectivamente. Gustavo "Bala Loka" (ciclismo BMX freestyle) e Ana Sátila (canoagem).

Lenda do vôlei, José Roberto Guimarães foi condecorado com o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, destinado, segundo o COB, a personalidades do esporte que representam os valores que marcaram a carreira e a vida do bicampeão olímpico no salto triplo, como ética, eficiência técnica e física, esportividade, respeito ao próximo, companheirismo e espírito coletivo.

Homenagens e despedidas

Zé Roberto é um dos maiores vencedores do esporte nacional, responsável por levar as seleções de vôlei a cinco medalhas olímpicas. É o único brasileiro tricampeão olímpico, embora nunca tenha sido premiado com medalhas em razão das regras dos Jogos Olímpicos, que premiam apenas os jogadores.

"Agradeço cada sorriso, cada aperto de mão, a solidariedade, principalmente quando a gente perdeu para os Estados Unidos (nas semifinais dos Jogos de Paris)", discursou Zé Roberto, que aceitou renovar seu contrato por mais quatro anos. Caso leve o Brasil aos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028, ele completará 25 anos ininterruptos como treinador da seleção feminina, feito histórico.

"O que me faz continuar é representar 220 milhões de pessoas. É vestir essa camisa, é ver meu time no pódio, é sentir a energia que é incalculável. Difícil dizer como é esse sentimento", disse o treinador.

Outros homenageados da noite foram Erlon Souza (canoagem velocidade), Bruno Fratus (natação), Ágatha Rippel (vôlei de praia) e Isabel Swan (vela). Eles foram lembrados por suas carreiras bem-sucedidas. Fratus, aliás, decidiu anunciar oficialmente sua aposentadoria na premiação.

Ele disse ter sido convencido pelo também ex-nadador Gustavo Borges de que o atleta, quando para, não morre duas vezes, e sim nasce duas vezes, contrariando o conhecido aforismo. "A mensagem que deixou para quem nos assiste é: pratique esporte porque muda vidas, e, com certeza, mudou a minha", falou o ex-nadador.

Não somente atletas se despediram. No último mês à frente do COB, o presidente Paulo Wanderley fez um discurso longo para elencar os seus feitos à frente da entidade. "Considero cumprida minha missão", afirmou o dirigente, que será sucedido em janeiro por Marco La Porta, eleito presidente com apoio maciço dos atletas há dois meses.

Já Arthur Elias, eleito melhor treinador coletivo, citou os altos índices de violência contra a mulher e que as mulheres sejam respeitadas e valorizadas. O técnico da seleção brasileira feminina de futebol espera que o futebol feminino continue a ser apoiado por políticas públicas e pela iniciativa privada.

As homenagens póstumas foram apresentadas no telão. Zagallo, Maguila, Pampa e Luiz Onmura, além dos jornalistas Antero Greco, Silvio Luiz, foram lembrados por anos de dedicação ao esporte.

O evento foi apresentado pela atriz Larissa Manoela, madrinha do Time Brasil, e pelo humorista Paulo Vieira, apresentador da TV Globo.

PRÊMIOS PRINCIPAIS

Atletas do Ano - Rebeca Andrade e Caio Bonfim

Atleta Revelação - Gustavo "Bala Loka" (ciclismo BMX freestyle)

Atleta Influenciador do Ano - Flávia Saraiva

Atleta da Torcida - Caio Bonfim (marcha atlética)

Prêmio Inspire - Ana Sátila (canoagem)

Destaques dos Jogos da Juventude - Giovana Fioromonte (judô) e Lucio Filho (natação)

Equipe do ano: futebol feminino

Melhor Equipe mista - judô

Melhor treinador individual - Francisco Porah (ginástica artística)

Melhor treinadora individual - Sarah Menezes (judô);

Melhor treinador coletivo - Arthur Elias

Troféu Adhemar Ferreira da Silva - José Roberto Guimarães (técnico da seleção brasileira feminina de vôlei)

Prêmio Espírito Olímpico - Christian Gebara (CEO da Vivo).

 

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