No Jiu-Jitsu, paraense é um dos nomes mais promissores da modalidade no Brasil
Natural de Abaetetuba, Dyná Sena começou no esporte sem grandes pretensões e hoje é campeã brasileira e sul-americana
Campeã brasileira e atual vencedora da BJJ Stars, a paraense Dyná Sena entrou no jiu-jitsu para “matar a curiosidade”. Depois de tentar outros esportes do MMA, como muay thai e boxe, ela conheceu a arte suave através do tio. Assim, a atleta, que nasceu em Abaetetuba, mas mora em Belém desde um ano e meio, entrou no mundo das artes marciais e não saiu mais.
Hoje, na 16° posição no ranking da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ), a paraense já participou de diversos campeonatos e é bicampeã brasileira pela CBJJ e pela Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo (CBJJE), além de ter vencido o sul-americano e outros torneios. Um dos sonhos de Dyná é o mundial, na Califórnia, e ela garante que em breve estará lá.
Nesta semana, Dyná participa do Campeonato Brasileiro, que começou no 25 de setembro e vai até este domingo (3). “O campeonato brasileiro é o mais difícil do jiu-jitsu, tem gente que diz que até mais que o mundial, porque nem todo mundo tem dinheiro para chegar e no brasileiro é um pouco mais acessível. Então, são os melhores atletas que estão ali, para ser campeã a pessoa tem que ralar bastante e eu realmente espero conseguir”, declarou.
Conheça um pouco a história da lutadora
Como foi todo o percurso até conseguir chegar ao profissional?
Antigamente, no jiu-jitsu era bem complicado você conseguir sair daqui de dentro do estado, era quase como se fosse impossível, só os melhores mesmo que buscavam e conseguiam sair. Eu queria fazer parte desse [grupo]. Então, eu sempre me dediquei muito, mesmo não tendo todos os recursos que eu precisava. Comecei a buscar as competições fora daqui quando eu tinha 16 anos de idade, corri atrás e eu consegui lutar o meu primeiro brasileiro de faixa roxa, e fui campeã. E eu digo que eu realmente consegui me profissionalizar quando eu entrei na Castro Team, porque eles foram os meus padrinhos e a gente só se preocupar em treinar é muito importante para o atleta.
Como foi a sensação de sair campeã de um evento tão grande que é o BJJ Stars?
Quando ele [organizador] me chamou para esse evento, eu realmente não esperava, porque os melhores atletas estão lá e você nunca acha que é o suficiente. Quando eu soube da notícia fiquei muito honrada só de estar sendo chamada. Na época em que ele me chamou, eu não estava treinando, voltei e tive um mês para me preparar. Graças a Deus consegui a vitória. Vamos dizer que eu realizei um dos meus sonhos.
Qual a realidade de um atleta de jiu jitsu paraense em termos financeiros? Há apoio?
Não são muitos, mas são poucos certos. Na verdade, até falta um pouco mais de pessoas que queiram ajudar os atletas. Estar tendo a ajuda dessas pessoas conta muito, porque a gente sabe que o atleta vive disso é de onde vai sair o dinheiro dele. Têm eventos que têm premiação em dinheiro, então para chegar lá o investimento é bem alto e essas pessoas são anjos nas nossas vidas.
Qual a importância da luta na tua vida?
O jiu-jitsu é o que eu respiro é a minha motivação para estar todo dia de pé, é o meu ganha pão. Eu digo que uma das coisas, o mais importante que o jiu-jitsu me deu foi a autoconfiança, no sentido de ter auto-segurança, proteção, porque no mundo em que a gente vive hoje, é muito importante aprender a se defender. A gente acaba sofrendo surpresas ao longo da vida e é sempre bom estar atenta e saber se defender, conta bastante.
(Aila Beatriz Inete, estagiária, sob supervisão de Pedro Cruz, coordenador do Núcleo de Esportes)
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA