MENU

BUSCA

Incentivada pela mãe e devota de N. Sra. de Nazaré, lutadora mirim se destaca no jiu-jitsu

Juliana de Azevedo tem apenas nove e é uma promessa na modalidade. Em entrevista, a paraense falou sobre a relação com a padroeira do Pará e o Círio de Nazaré

Aila Beatriz Inete

Quase todo paraense que cresceu em uma família católica possui alguma relação sentimental com o Círio de Nazaré, e a pequena jiujiteira Juliana de Azevedo Vaz, de apenas nove anos, não é diferente.

Criada pela mãe, Miriam Azevedo, e pela avó, Maria Elidalva de Azevedo, a jovem atleta tem uma forte ligação com Nossa Senhora de Nazaré e, em todas as suas competições, apoia-se na fé que tem na santa para alcançar seus objetivos.

Juliana começou a treinar jiu-jitsu por acaso, em 2022. Em um passeio com a avó, a pequena viu a modalidade sendo praticada, interessou-se pelo esporte e fez uma aula experimental. Desde então, participou de 39 campeonatos, conquistando 36 medalhas de ouro.

"O que despertou o meu interesse pelo jiu-jitsu foi o movimento, a defesa, as técnicas. Antes de praticar esse esporte, eu fazia ginástica e balé, mas, quando vi o jiu-jitsu, quis ficar só nele. Eu amo muito, e desisti dos outros dois, que também gostava, para me dedicar ao jiu-jitsu", contou Juliana.

A identificação imediata da filha com o esporte fez com que a mãe investisse no sonho da pequena. Mesmo com muitas dificuldades, sendo mãe solo, Miriam se desdobra para conseguir bancar os campeonatos e garantir que Juliana treine e se desenvolva na modalidade. Atualmente, a pequena lutadora treina na academia Rodrigo Aleixo, na Grande Belém.

Miriam contou que a filha tem postura de gente grande, é comprometida e muito esforçada. Para ela, ver o destaque e comprometimento de Juliana a enche de orgulho e faz tudo valer a pena.

"Para mim, é muito emocionante, porque só eu sei o que passo financeiramente para que ela consiga estar onde está. Ela é uma criança extremamente esforçada e se cobra muito. Às vezes, eu até brigo com ela por causa dessa cobrança em querer dar o melhor", relatou a mãe.

"Em todas as lutas, ela pede para fazermos nossa oração, e eu sempre digo: 'Filha, dê o seu melhor! Se ganhar, ótimo. Se não, você continuará sendo minha campeã.' Então, é muito emocionante para mim, porque sei do esforço dela e do meu", concluiu Miriam Azevedo.

O Círio é, para Juliana, um momento de renovação de energias, um tempo de agradecer pelas graças e até mesmo pelas perdas, pois tudo conta no processo da vida.

"Para mim, é uma parte do ano muito especial, porque é uma forma de crescimento pelas nossas conquistas e perdas", destacou Juliana.

Ainda em outubro, a pequena jiujiteira tem uma competição prevista. Ela se prepara para disputar o Circuito Norte/Nordeste de Jiu-Jitsu no dia 20 deste mês, no Mangueirinho. Já no dia 3 de novembro, competirá no Brasil Cup, também em Belém, e, com a intercessão de Nossa Senhora de Nazaré, sua coleção de medalhas deve aumentar ainda mais.

Mais Esportes