Hoje no UFC, paraense Rafael Alves já foi jogador do Paysandu e largou o futebol após ser atropelado
Paraense se dividia entre os treinos de futebol no Paysandu e o MMA, porém, um acidente fez Rafael Alves largar o futebol e hoje está no UFC, maior franquia da modalidade
O maior evento de MMA do Mundo terá na noite deste sábado (25) o combate entre o paraense Rafael Alves, o “The Turn”, contra o lutador do Tajiquistão, Nurullo Aliev. O confronto é válido pelo UFC Figth Nigth 2020 e ocorrerá em Las Vegas, nos Estados Unidos, pela categoria peso-leve. Longe há 10 anos de Belém, Rafael Alves enfrentou dificuldades, perdas dos pais, jogou futebol e um atropelamento mudou os rumos da vida do atleta de 32 anos.
Rafael Alves morou em Icoaraci, na grande Belém e assim como a maioria das crianças e jovens, amava o futebol. Disciplinado e com o sonho de ser jogador de futebol, Rafael vestiu a camisa do Paysandu e chegou a treinar com Yago Pikachu, porém, um acidente fez o então jogador mudar de profissão e seguir no MMA.
“Comecei com o mestre Nequinho, em Icoaraci e nesse mesmo período eu jogava futebol. Me encantava jogar futebol, mas comecei a participar de torneios pequenos em Icoaraci, iniciei no muay thai, jiu-jitsu e ingressei no MMA. Faltou pouco para jogar profissionalmente, atuei no Sub-20 do Paysandu, mas me encantei pela luta. Naquele tempo lutei e ganhei R$100, R$200 e era muito dinheiro na época. Jogava futebol e treinava MMA, o dia que larguei o futebol não esqueço. Estava indo para o treino, de bicicleta e um carro me bateu. Era muito perigoso ficar andando pela pista e decidi ficar só no MMA. Os treinos do Paysandu eram no bairro do Tenoné, treinava lá também o Yago Pikachu, que hoje está aí jogando”, disse.
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Rafael ainda joga futebol nos Estados Unidos, onde mora e treina para as competições. Admirador do esporte mais popular do mundo, o paraense admira o Flamengo e o Santos, porém, não torce para nenhum clube do Estado.
O lutador perdeu a mãe vítima de câncer e o pai atropelado, anos depois. Rafael encara o momento no UFC como um divisor de águas na vida, uma “vira da de chave” importante que o proporcionou melhorias como pessoa, financeiramente e mudou a vida de pessoas ao seu redor.
“Treinei em várias equipes em Belém, mas decidi ir para Miami, um empresário me ajudou. Fiz uma luta, ganhei, passei quase cinco anos sem perder. Fui campeão do Titan na frente do Dana White e ele me convidou para o Contender, onde ganhei também e aí entrei no UFC. Os primeiros contratos não se ganha um bom dinheiro, a partir do segundo contrato a bolsa aumenta. O UFC mudou minha vida, hoje sou reconhecido. Deus sabe o que faz, mas o UFC me deu essa oportunidade, sempre ajudo minha família e meus amigos. Mandando em dólar para o Brasil se torna um dinheiro grande. Não vou salvar o Mundo, mas os que estão ao meu redor eu tento ajudar”, contou.
Com três lutas no UFC e uma vitória, Alves finalizou a preparação e prometeu uma postura diferente. O lutador que antes entrava de forma sorridente no octógono, adotará uma postura mais séria, focada, contra um adversário que fará a estreia na franquia.
“Minha preparação foi muito boa, fiz meu treinamento em duas academias, tenho certeza que fiz um bom treinamento. Gosto de entrar com sorriso no rosto, dançando, mas agora será diferente, mais focado, pois agora estou com objetivo e chega de ficar sorridente, fazer o meu trabalho. Depois da luta sim, abrir o sorriso, falar com todos”, disse.
O adversário do paraense, Nurullo Aliev, terá a chance de subir ao octógono mais famoso do Mundo pela primeira vez, porém, ele defende um cartel interessante. O lutador do Tajiquistão vem de oito vitórias em oito lutas profissionais.
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