Pré-Olímpico em Belém: jogadoras e técnico do Brasil falam sobre expectativa para a disputa
Durante coletiva de imprensa, o treinador José Neto assume responsabilidade por possíveis erros da equipe durante a disputa do torneio
"Eu sou responsável por qualquer coisa que não der certo", declarou José Alves Neto, treinador da Seleção Brasileira de Basquetebol Feminino, durante coletiva de imprensa na noite desta quarta-feira (7), véspera da estreia do Brasil no Torneio Pré-Olímpico, às 20h desta quinta (8), no Mangueirinho. Ao lado de Damiris, Débora e a capitã do time Érika Souza, o técnico e as jogadoras falaram sobre a preparação para a competição, que ocorre em Belém.
"Quero deixar claro para todos que eu sou responsável por qualquer coisa que não der certo. Eu, José Neto, sou responsável por isso. As meninas chegaram na melhor condição que elas poderiam estar, melhoraram muito. Nós temos um staff que é digno das melhores seleções do mundo. Estamos competindo com equipes que estão muito bem, mas, se houver algum problema aqui, o responsável sou eu. Nós estamos na melhor condição que poderíamos estar, agora basta ver se esse melhor vai ser o suficiente para conseguir essa vaga. Nós estamos muito confiantes e eu confio muito na capacidade delas", declarou o treinador.
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O técnico fez os últimos ajustes para que a equipe chegasse bem preparada para enfrentar a Austrália, a favorita do torneio. No Pré-Olímpico, as quatro seleções disputam três vagas para as Olimpíadas de Paris. Pode parecer simples, mas a disputa deve ser apertada entre as equipes.
"Não é fácil, nós temos que saber isso, parece que é porque são três vagas para quatro times, mas não é assim. A própria previsão da FIBA (Federação Internacional de Basquete) coloca a gente de fora. Então, mostra realmente que nós vamos jogar com equipes duras, como Austrália, Sérvia e Alemanha, que é a equipe europeia que mais ganhou no ranking", destacou o treinador.
Veja fotos da coletiva da Seleção Brasileira de basquete feminino
Melhor momento
A Seleção Brasileira vem embalada por um título da AmeriCupW e de um ouro nos Jogos Pan-Americanos. Os resultados levaram a equipe de volta para o top 10 do ranking mundial e mostrou o resultado do próximo trabalho sendo desenvolvido nos último cinco anos. Esse desenvolvimento faz com que a armadora Débora acredite que o time está no melhor momento e pronta para conquistar a vaga em Belém.
"Acredito que sim, [que estamos no melhor momento]. Quando eu olho para trás, vejo o quanto a gente construiu como equipe. Isso tudo graças a comissão técnica, as meninas que realmente abraçaram essa causa. Eu sinto realmente uma evolução muito grande, é ótimo estar aqui hoje. Eu posso falar que chegou o momento, nós estamos preparadas e vamos dar o nosso melhor", analisou a armadora.
Preparação mental
Além da preparação física, tática e técnica feita desde que os Jogos Pan-americanos terminaram, a Seleção também investiu na saúde mental das atletas. A pivô Damiris destacou que o trabalho desenvolvido pela psicóloga do time tem contribuído bastante para que as jogadoras consigam lidar com a pressão de um jogo tão importante quanto o desta quinta-feira, contra a Austrália.
"Na nossa comissão técnica nós temos a nossa psicóloga que vem fazendo um trabalho fantástico e tem ajudado muito para entrar em quadra sem sentir essa pressão. Então, a gente tem feito muito com ela esse trabalho, com muitos exercícios e atividades. Mesmo estando longe a gente mantém contato, então esse trabalho dela tem ajudado muito para que a gente pudesse chegar nesse momento bem física e mentalmente que é muito importante", pontuou Damiris.
Apoio da torcida
A expectativa para o Mangueirinho é de casa lotada. Os 11 mil ingressos disponíveis para a estreia brasileira no torneio esgotaram. A capitã do time Erika Souza, atleta mais experiente do grupo, ressaltou a importância de ter a presença dos torcedores para empurrar a seleção nesse momento crucial para elas.
"O sentimento é de gratidão. Temos que agradecer a quem nos proporcionar isso. É gratidão de saber que os ingressos já estão esgotados, que vão ter 11 mil pessoas gritando o nosso nome, torcendo ao nosso favor. Eu sempre digo que os torcedores são muito importantes, para mim são o sexto jogador, então eu estou me sentindo muito emocionada e privilegiada por estar aqui com as meninas sabendo que elas estão trilhando o mesmo caminho que eu. Não vai ser fácil, mas sabemos que com a torcida vai ser um ponto positivo e são elas que têm que ter um pouco de medo e respeito dentro da nossa casa. E nós vamos dar o nosso melhor independente de qualquer situação", declarou a capitã.
Além da importância de garantir a vaga para Paris 2024, o grupo busca a classificação, pois será a despedida de Érika. Assim, todas as meninas estão mais do que motivadas para lutar e carimbar o passaporte para os Jogos Olímpicos.
A partida entre Brasil e Austrália ocorre nesta quinta-feira (8), às 20h, no Mangueirinho, com cobertura completa do OLiberal.com.
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