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De Barcarena para Londres: lutador revela desafios para chegar ao topo do MMA

O paraense Thiago Nogueira conta como conseguiu ir para fora do Brasil buscar melhor estrutura de trabalho para atingir o alto nível do esporte

Aila Beatriz Inete
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Chegar ao UFC e conseguir viver do esporte é um sonho de vários lutadores de MMA. A modalidade tem forte tradição no Brasil, com diversos nomes de peso no cenário mundial. No entanto, chegar ao topo não é tão simples. Muitos atletas esbarram em questões de estrutura, falta de suporte e oportunidades. Por isso, para muitos, além do ímpeto dentro do octógono, é preciso ter coragem para arriscar fora do ringue. 

O paraense Thiago Nogueira iniciou a sua jornada no esporte há quase dois anos. Em busca do sonho de chegar ao topo do MMA, o lutador deixou sua cidade natal, Barcarena, nordeste paraense, e foi para Londres, na Inglaterra, para treinar e conseguir novas oportunidades. 

No cartel, o lutador já tem cinco lutas, quatro vitórias e uma derrota. O revés veio no último combate, no evento polonês FEN 54, onde acabou sendo finalizado por Jan Cieplowski. Apesar disso, a luta foi um passaporte para o lutador, que agora tem mais estrutura de treino na capital inglesa. 

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"Já lutei dois eventos fora do Brasil, um na Inglaterra, ano passado, outro na Polônia, esse ano. Acabei perdendo o último, não estava preparado adequadamente para a luta. Isso não é desculpa, mas é um fato a salientar, eu sabia disso, mas eu precisava entrar na Inglaterra. Então, a luta seria uma boa justificativa para conseguir. Agora eu estou aqui, tendo uma ótima estrutura de treino e [estou] treinando forte todos os dias. Ainda vou fazer outra luta na Polônia e acredito que tudo dará certo", disse o lutador em entrevista ao Núcleo de Esportes de O Liberal

Thiago cresceu na comunidade do Arapari, no interior da cidade. Aos poucos, foi inserido no mundo das artes marciais com o Jiu-Jitsu, aos 12 anos. Em 2019, lutou pela primeira vez em um evento de MMA. Na experiência o lutador percebeu que o esporte era mais complexo e passou a se dedicar mais nos treinamentos, até retornar em 2023. 

"O MMA sempre vai ser um desafio muito grande, por mais que eu treine muito, sempre vai ser algo desafiador, isso que me fez gostar do esporte. Comecei a pensar minha vida nisso, quando percebi que isso faz muito sentido na minha vida, então, ser lutador sempre vai ser meu plano A, mas eu também tenho outros sonhos que envolvem a luta", relatou. 

Em Londres, o paraense consegue treinar e manter uma alimentação equilibrada. Apesar de todas as dificuldades iniciais, com as bolsas que ele tem recebido nos eventos é possível se manter. Além disso, Thiago conta com o apoio de outras pessoas para seguir no esporte. 

Para ele, hoje a modalidade no Brasil não é mais tão valorizada e, por isso, torna-se ainda mais difícil chegar ao topo. Na academia Fight Zone London o paraense sente que está em evolução e mais perto de realizar o sonho de chegar até o UFC. 

image Thiago também representa as academia Roxo Strike e Pacheco jiu-jitsu (Arquivo pessoal)

"Em todo lugar existem desafios para se tornar lutador, mas digamos que na Inglaterra eu esteja mais perto da visibilidade para chegar em um bom evento, e as oportunidades são muito maiores, assim como apoios também. Aqui, eu sinto que o esporte é mais valorizado, diferente do Brasil, por isso, prefiro seguir por aqui. É difícil ter que se abdicar de tudo, mas é o preço de um sonho, acredito que Deus vai recompensar meus esforços", declarou Thiago. 

Ainda não há uma luta marcada, mas a expectativa é que Thiago Nogueira volte ao octógono em agosto, também na Polônia. Hoje, com 22 anos, o paraense projeta chegar no maior evento de MMA do mundo antes dos 30 anos e, por isso, o cenário internacional é o foco. 

"Pretendo dar esse 'up' aqui, conseguir um evento legal, manter os treinos. A minha meta é chegar no UFC antes dos 30 anos. Estou aqui na Inglaterra porque me dar mais visibilidade, estou mais perto dos grandes eventos e também porque preciso melhorar o meu inglês, importante para abrir portas", concluiu Thiago Nogueira.

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