Buscando nova era no vôlei paraense, Federação visa reestruturação do esporte no estado
Em entrevista para a equipe de esportes de O Liberal, o presidente da Federação Paraense de Voleibol falou mais sobre a atual situação da modalidade no estado
O vôlei é um dos esportes mais populares do Brasil e no Pará não é diferente. No entanto, o esporte enfrenta transformações e desafios no estado, com um apagamento do cenário nacional nos últimos anos, sem times paraenses que garantam relevância nas principais competições nacionais na modalidade.
Na semana do “dia nacional do voleibol”, celebrado no último dia 27, a equipe de esportes de O Liberal entrevistou o presidente da Federação Paraense de Voleibol (FPV), Hugo Montenegro, que explicou a atual situação da modalidade no estado. Segundo ele, existem planos de reestruturação da modalidade que tem sido implementados pela entidade e pelos clubes filiados.
“O voleibol paraense está passando por um processo inovador de reestruturação, onde os clubes estão investindo muito nas categorias de base. O que, em breve, trará ótimos resultados, pois elevará o nível de competitividade técnica”, explicou.
Atualmente, são cinco clubes que têm investido no vôlei no Pará e são filiados à FPV: Clube do Remo, Apade e Tuna. Paysandu e Assembleia Paraense, que retornaram com as atividades na modalidade este ano, completam a lista, mas ainda não participam de competições oficiais da Federação.
“Não podemos deixar de exaltar o trabalho que os clubes estão tendo hoje, o primeiro projeto de sucesso foi do Clube do Remo no feminino, depois no masculino. Logo depois a Apade surgiu com uma filosofia exclusiva para o voleibol, que já teve várias conquistas no cenário nacional. Agora a Tuna também está com uma equipe muito consistente, primeiro no masculino, e em 2024 com o feminino, que merece destaque. Tivemos o retorno do Paysandu e Assembleia Paraense em 2024, com projetos a longo prazo, assim todos estão se destacando em determinadas categorias e isso é bom”, disse.
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Este ano, o Campeonato Paraense de clubes teve o primeiro turno realizado ainda no primeiro semestre e, além do estadual, a FPV promoverá outras competições no segundo semestre, com torneios e a “Copa do Interior”.
“Realizamos alguns torneios oficiais no primeiro semestre e o primeiro turno do Campeonato Paraense de clubes em todas as categorias, do sub-14, 16, 18, 21, 23, ao adulto no masculino e feminino. No segundo semestre, teremos o segundo turno do Parazão e a Copa do Interior, um torneio aberto para incentivar a participação de associações e entidades não filiadas”, contou.
Apesar do trabalho para a reestruturação do vôlei no Pará, Hugo Montenegro acredita que a falta de investimento no esporte é o fator mais prejudicial para o cenário da modalidade no estado.
“Falta mais investimento dos clubes, mais jogos, eventos de alto nível para poder crescer e continuar nesse processo por muito tempo. Sabemos que os clubes estão mais profissionais hoje, mas ainda faltam patrocinadores, investimento para haver uma dedicação maior de atletas, técnicos e da própria FPV. Hoje estamos sanando as dívidas e, em breve, poderemos oferecer um suporte maior aos clubes, onde os próprios órgãos e empresas públicas poderiam contribuir para o avanço do voleibol paraense no cenário nacional”, finalizou
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