Bodyboarder paraense participa de Circuito Mundial e incentiva alunos de projeto na modalidade
Alexandra Ereiro é bodyboarder profissional e criadora do projeto ‘Bodyboard Pará’ que acontece em Salinas e Mosqueiro
Salinas, cidade do nordeste paraense banhada pelo oceano Atlântico, foi lá que a carreira da atleta Alexandra Ereiro começou. A profissional do bodyboard, é um dos principais nomes da modalidade no Pará e foi a única representante feminina do estado no Circuito Mundial de Bodyboard, o ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro 2023, que aconteceu na praia de Jacaraípe, no Espirito Santo.
Apesar de não poder participar da próxima etapa, por falta de patrocínio, a atleta demonstrou seu talento e que não perdeu o jeito desde que começou a competir em 2006. Ereiro já passou por diversos circuitos nacionais e internacionais, como o Mundial e o Brasileiro, e também por etapas estaduais, como as cearense, paulista e sergipana.
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Em entrevista ao O Liberal, a atleta falou sobre o Circuito Mundial, a carreira, e o projeto Bodyboard Pará, criado por ela, que acontece nas praias de Salinas e Mosqueiro.
Confira a entrevista
OL: O Circuito Mundial foi a competição mais recente que você participou, como foi?
Alexandra Ereiro: O Circuito lá em Jacaraípe foi a etapa mais importante que qualquer atleta pode sonhar, reuniu os melhores atletas do mundo e competir nesta etapa foi um sonho. As ondas estavam bastante difíceis, com a ondulação mudando toda a hora, passei no round 1, mas “rodei” no round 2, porque não consegui achar ondas. Mas estou feliz por ter representado o Pará.
OL: Já tem outros campeonatos previstos para este ano?
AE: Sim, tem o Circuito Brasileiro que começa agora em junho, e outros eventos como o Kpaloa Musas que terá uma edição este ano. Inclusive foi neste evento que fui campeã no início da minha carreira, em 2006, na categoria iniciante, antes de me tornar profissional em 2017.
OL: Como foi o começo no bodyboard?
AE: Comecei a pegar onda na praia do maçarico em Salinópolis, depois estendi o treino para Mosqueiro, além das praias de fora do estado. Atualmente, sempre treino uma semana antes das competições no pico do evento.
OL: De quais competições você já participou?
AE: Comecei a competir em 2006. Fui campeã do Kpaloa Musas, campeã do Bodyboard Attack SP, vice-campeã da etapa sergipana, vice-campeã do Master VIP, campeã do Musas Niteroiense, entre outras competições. E estou ranqueando no Circuito Brasileiro desde 2017, na categoria profissional, e surfo há 15 anos nas pororocas do Brasil.
OL: Você é uma das criadoras do projeto Bodyboard Pará, qual a história por trás?
AE: O projeto funciona desde 2016 e iniciou com um campeonato de incentivo à modalidade na praia da Atalaia, apareceu tanta gente que eu pensei "Agora vou dar início em um dos meus sonhos, que é ter um projeto social". Hoje atuo com vários jovens da comunidade do Guarani 2, em Salinópolis e em Mosqueiro.
Usamos o esporte e a cultura como ferramenta de transformação social na vida desses jovens e descobrimos novos talentos. Hoje o projeto se tornou o Instituto Alexandra Ereiro (IAE), que faz parte da rede Gerando Falcões, temos 30 alunos e 12 atletas, entre eles três já foram competir fora em 2021 e 2022, em Fortaleza e no Maranhão, e fizeram pódio.
Meu sonho sempre foi esse, ter muitos atletas representando o Pará lá fora, eu levo a bandeira sozinha desde 2006 e isso pesa, precisamos fomentar a fábrica de talentos no nosso estado. Essa nova geração é cheia de talentos.
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