Após conquistar três medalhas no Pan de Ginástica, paraense sonha com Olimpíadas de Paris
Andreza Lima brilhou no Pan-Americano e agora sonha com a possibilidade de integrar time do Brasil de ginástica nas Olimpíadas
Conquistar medalhas é o principal sonho de qualquer atleta, principalmente na ginástica artística. A paraense Andreza Lima provou ser um grande talento e conquistou três medalhas no Pan-Americano de Ginástica em Santa Marta, na Colômbia, na última semana, sendo uma de ouro, uma de prata e uma de bronze.
A jovem ginasta, de 17 anos, iniciou a carreira aos 8 anos em Belém, quando se apaixonou pelo esporte e começou a treinar na Universidade do Estado do Pará (Uepa), e hoje celebra o ouro por equipe, a prata na trave (individual) e o bronze no individual geral, conquistados na competição continental.
“Foi muito gratificante, fiquei muito feliz e satisfeita”, iniciou. “Comecei vendo um vídeo no YouTube e falei pra minha mãe que queria fazer aquele esporte, então ela foi atrás e eu iniciei nesse mundo”, contou.
Atualmente, Andreza é atleta do clube Grêmio Náutico União (GNU), no Rio Grande do Sul, o time que revelou Daiane dos Santos, um dos maiores nomes da ginástica no Brasil. Ela e a família se mudaram para o estado gaúcho quando ela tinha somente 13 anos para seguir o sonho de se tornar atleta profissional.
“É muito bom ser atleta do GNU, eu amo treinar com a Adriana [Alves] e o Kiko [Eliseu Burtet], meus técnicos, eles são muito bons no que fazem e tenho total confiança no trabalho deles”, afirmou Andreza.
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Com as Olimpíadas de Paris 2024 se aproximando, a paraense vive agora a expectativa de ser convocada para a Seleção Brasileira de ginástica artística para competir no evento em julho. A ida para a França ainda não é certa, mas existe a possibilidade de Andreza ser convocada como reserva.
“Estou muito animada, estando na lista larga e vendo de pertinho toda essa preparação das meninas, que é super importante”, disse a atleta sobre a possibilidade.
Enchentes no Rio Grande do Sul
Como atleta do Grêmio Náutico União, Andreza mora na capital do Rio Grande do Sul, Porto alegre, que foi severamente afetada pelas recentes enchentes que ocorreram no estado por conta do alto volume de chuvas e cheias dos rios, como o Guaíba, que banha a capital gaúcha.
Felizmente, a casa de Andreza e seus familiares, não foi afetada pelas enchentes, no entanto, a sede do GNU se tornou um abrigo temporário para pessoas que perderam tudo com a tragédia. A ginasta, a mãe Flávia Lima, e outros familiares se tornaram voluntários no abrigo para auxiliar as vítimas das enchentes.
Com isso, os treinos dos atletas do clube foram paralisados temporariamente, mas segundo a ginasta, isso não afetou seu desempenho, mas sim o psicológico por viver parte da tragédia.
“Não digo que atrapalhou muito, mas influenciou um pouco no ambiente e principalmente no psicológico, de ver aquelas pessoas, crianças e animais dentro do nosso clube em um estado ruim. Mas durante o treino tentava esquecer tudo isso e focar no trabalho, foi bem difícil para todos nós”, concluiu Andreza.
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