Após ataques racistas, Deiveson Figueiredo recusa nova luta com Brandon Moreno: 'Não me interessa'

Em coletiva de imprensa, paraense falou sobre ameaças que tem sofrido de fãs do mexicano e disse que vai tomar medidas legais sobre o caso.

Caio Maia
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O campeão mundial dos pesos-mosca do UFC, o paraense Deiveson Figueiredo, falou com a imprensa na manhã desta quinta-feira (3). O lutador comentou sobre os episódios de racismo que vem sofrendo nas redes sociais por parte de torcedores mexicanos. Segundo ele, as agressões tem se tornaram frequentes depois da luta contra Brandon Moreno, que ocorreu há algumas semanas.

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Em conversa ao TMZ Sports, o ex-campeão disse que não tem afeição pelo "Deus da Guerra". Mexicano perdeu o título do peso-mosca da catgegoria para o paraense.

"São pessoas que acho que, pra mim, não representam a nação mexicana. Não posso mais abrir 'live' no meu Instagram que os caras vão lá me chamar de macaco. Tenho certeza que, não só o UFC, mas os eventos têm que repreender esses caras severamente. Isso iniciou através de um cara, que é treinador do Brandon Moreno, também lutador do UFC. Esse cara pegou uma foto minha e colocou um rosto de macaco e postou", explicou Deiveson.

A relação entre o paraense e o lutador mexicano tem se tornado cada vez mais agressiva nos últimos dias. No final de semana, durante entrevista ao TMZ Sports, Moreno afirmou que Deiveson é um "ser humano horrível". As afirmações contundentes tem incomodado Deiveson.

"Eu faço trash talk, mas eu jamais vou xingar o cara e dizer que ele é um ser humano desprezível, jamais vou invadir a privacidade ou mexer com familiares dele. Não vou fazer isso. E muito menos tomar atitudes racistas como eles estão fazendo comigo, tanto o treinador dele quanto ele", disse o paraense.

Questionado sobre um possível reencontro com Moreno dentro do octógono, Deiveson foi enfático em dizer que não possui interesse na luta. Segundo ele, as agressões ultrapassaram o campo do esporte. O lutador também cobrou que o UFC tome medidas para punir Moreno.

"São ofensas desprezíveis que deixam o meu desejo de lutar novamente com esse cara totalmente apagado. Agora se tornou chato demais. Para mim, é uma luta que não me interessa mais por conta desses ataques que eu venho sofrendo. Eu só quero que o UFC tome as medidas e eu vou conversar com o meu advogado para saber o que fazer", finalizou. 

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