Jurídico do Águia diz que se apoia em regulamento por vaga na Copa do Brasil
Azulão, que terminou em 4ª lugar no Parazão, vive imbróglio judicial por vaga em competição nacional. São Francisco, vice da Copa Grão-Pará, também reclama classificação
O Águia de Marabá vive a expectativa pela confirmação - ou não - da vaga na Copa do Brasil de 2025. O time paraense, que chegou à terceira fase do torneio nos últimos dois anos, corre o risco de não participar da próxima temporada devido a uma brecha no regulamento da Federação Paraense de Futebol (FPF). A equipe marabaense reivindica a vaga, enquanto o São Francisco, vice-campeão da Copa Grão-Pará, também briga pela possibilidade de disputar a competição nacional.
Nesta semana, o Águia de Marabá divulgou uma nota sobre o assunto e destacou que o departamento jurídico do time, chefiado pelo advogado Genésio Queiroga, está acompanhando ativamente o caso e defende que a vaga deve ficar com o Azulão. Segundo o clube, o regulamento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) define que apenas uma vaga da Copa do Brasil pode ser direcionada a uma competição seletiva.
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"O nosso posicionamento jurídico é que os regulamentos da federação não podem se sobrepor ao regulamento da Confederação Brasileira de Futebol. E, acontecendo isso, quem tem que ter a prevalência são os regulamentos da CBF. E, nesse caso, o que ele prevê? Que só uma vaga para a Copa do Brasil pode ser direcionada a uma competição seletiva, como foi a Copa Grão-Pará. Então, apenas um clube dessa competição poderia ir para a Copa do Brasil de 2025", destacou o diretor jurídico do Águia de Marabá.
Sendo assim, como o Azulão terminou o Campeonato Paraense na quarta colocação, a vaga que "sobrou" teria que ser concedida ao time.
Entenda o caso
A "confusão" em relação a quem teria direito à disputa da Copa do Brasil, ocorreu por conta da conquista da Copa Verde pelo Paysandu. Com isso, o Pará ganhou mais uma vaga para a competição, já que o Papão também ganhou o direito de entrar automaticamente na terceira fase do torneio.
A decisão sobre o classificado no lugar do Paysandu se complicou, pois nesta temporada a FPF aderiu à disputa da Copa Grão-Pará para decidir a terceira vaga de direito do futebol paraense. O São Francisco, que foi vice-campeão do torneio, passou a reivindicar a classificação para a competição nacional, assim como o Águia, que defende que a vaga-extra siga a classificação final do Parazão.
Quando o assunto começou a ser discutido, o presidente da FPF, Ricardo Gluck Paul, disse que havia "uma que favorece o São Francisco e outra o Águia". Mas a decisão final será da CBF, que deve divulgar os classificados para a competição no final da temporada.