Vinícius Júnior, atacante do Real Madrid, será líder de comitê da FIFA contra o racismo no futebol
Convite foi feito pessoalmente pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino
O atacante Vinícius Júnior, do Real Madrid, foi escolhido para liderar um novo comitê criado pela FIFA com o objetivo de combater o racismo no futebol. A notícia foi divulgada nesta quinta-feira (15/6) pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino, em uma entrevista para a agência Reuters.
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De acordo com Infantino, esse novo comitê permitirá que os jogadores contribuam com sugestões de possíveis punições para casos de discriminação dentro do esporte.
"Eu pedi a Vinícius que liderasse esse grupo de jogadores, que apresentará punições mais severas contra o racismo, que posteriormente serão implementadas por todas as autoridades do futebol mundial", declarou Infantino.
No entanto, o presidente da FIFA não informou quando o comitê será oficialmente estabelecido e a partir de quando ele começará a atuar. No entanto, ele indicou a adoção de um protocolo para lidar com novos casos de discriminação.
"Não haverá mais espaço para o racismo no futebol. Os jogos deverão ser interrompidos imediatamente quando algo assim ocorrer. Chega", concluiu Infantino.
Infantino também destacou que se reuniu com Vinícius Júnior para discutir a criação desse comitê. O atacante se pronunciou publicamente sobre o convite horas depois.
"Venho aqui agradecer a todos que estiveram comigo desde o episódio que aconteceu no último jogo contra o Valencia, o presidente (Ednaldo Rodrigues), junto com a CBF, o (presidente da Fifa, Gianni) Infantino, que esteve hoje junto com a gente, sempre dando a maior força. Todos os clubes do Brasil, as pessoas do Brasil e do mundo inteiro que estão comigo me dando força para eu seguir nessa batalha. Era necessário ter alguém para seguir firme e cada vez mais diminuir (o racismo). Eu quero seguir pelos jovens e todas as pessoas que sofrem não têm a mesma voz que eu", disse o atacante.
"Uma vez dei entrevista falando que queria que todos os brasileiros torcessem por mim, acho que estou cada vez mais perto disso. Vejo todos na internet me desejando sorte no futebol e fora, pessoas de outros meios que não me acompanhavam e começaram a acompanhar. Fico feliz disso, cada vez mais vou seguir firme por aqueles que não têm oportunidade de lutar. Tenho a cabeça tranquila, minha família me ajudou, o Flamengo me ajudou também quando eu era pequeno, por sofrer não apenas por racismo, mas por toda pressão colocada em cima de mim. Sempre trabalhei calado, hoje tenho a força para lutar por um assunto muito importante. Quero agradecer a todos vocês e vamos seguir juntos até o final", concluiu.
Vini Jr e Infantino estiveram juntos no hotel em que a Seleção Brasileira está hospedada em Bacelona, cidade em que ocorrerá, neste sábado, a partir das 16h30, um amistoso contra a Guiné.
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