VÍDEO: Jakson Follmann relembra tragédia da Chapecoense e fala sobre 'segunda chance'
Ex-goleiro da Chapecoense que sobreviveu à queda do vôo LaMia 2933, em novembro de 2016
Este domingo marca cinco anos da queda do vôo LaMia 2933, que vitimou 71 pessoas, incluindo grande parte da delegação da Chapecoense que viajava à Colômbia para a final da Sul-Americana de 2016. Entre os sobreviventes, está o ex-goleiro Jakson Follmann, que conversou com exclusividade com o LANCE! sobre o acidente e o seu futuro fora dos gramados.
- Com toda a certeza [essa data me impacta], até a eternidade. É um momento de reflexão, é um momento que eu procuro ficar ainda mais com meus familiares, me privar de muita coisa. Tanto que a minha agenda de palestras e shows a gente deixa bloqueada, né, do dia 27 até o dia 30 [de novembro] - contou o ex-goleiro, que agora também é palestrante e cantor.
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- Porque é uma data que mexe muito com a gente, mexe muito comigo, por ter sentido muito isso na pele, mexe muito com os nossos familiares. E vou até te dizer, é uma data que a gente procura refletir, ainda mais, sobre a vida - continuou o atleta.
Jakson Follmann também falou sobre como se recuperou do acidente e como viu essa 'segunda chance' de viver após a tragédia.
- É muito difícil quando você encerra uma carreira precocemente. Mas ao mesmo quando você olha por tudo que aconteceu, da maneira que aconteceu, eu acho que a última coisa que você teria que fazer é se lamentar. Eu tinha duas opções: ou me lamentar, entrar em uma depressão, ou encarar a vida de frente, né. Me aposentei com 24 anos, no auge da minha carreira, foi super difícil, e eu procurei me apegar muito a essa ser a minha segunda chance de viver, de estar com os meus familiares, de estar com a minha esposa, de estar com meus amigos verdadeiros - contou o ex-goleiro.
- Eu tive que ter muita paciência né, porque fiquei praticamente dois meses hospitalizado, fui um dos únicos dos sobreviventes a perder um membro e ter que encerrar realmente a carreira. O neto teve outras oportunidades e infelizmente não conseguiu [seguir como jogador], o Alan [Ruschel], graças a Deus, está até hoje jogando. Mas naquele momento eu não tive essa oportunidade de pelo menos tentar - completou Jakson Follmann.
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