Veja o que Remo e Paysandu fazem para evitar a manipulação de apostas
Tema das manipulações de apostas esportivas chegou ao futebol paraense
A manipulação de apostas no futebol é uma prática ilegal e altamente prejudicial para a integridade e a credibilidade do esporte. Aliás, este é o cenário que encontramos nas últimas semanas, com as descobertas que a Operação Penalidade Máxima, que combate a prática no futebol brasileiro, fez e foram reveladas.
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Isso ocorre quando indivíduos, incluindo jogadores, treinadores, árbitros ou outros envolvidos no jogo, conspiram para influenciar o resultado de uma partida em troca de benefícios financeiros.
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Ela ocorre de várias formas: combinação do resultado do jogo, manipulação de resultados parciais, cartões, pênaltis ou outras decisões arbitrais. O objetivo é obter vantagens financeiras através de apostas ilegais, onde indivíduos apostam em resultados previamente acordados.
No futebol paraense
Como informado pela equipe de O Liberal, jogadores do Parazão 2023 foram aliciados por apostadores. Inclusive, indícios de fraudes em partidas do estadual foram constatados, sendo que, pelo menos, mais de um jogador do São Francisco estaria envolvido.
Pensando nisso, a equipe de O Liberal buscou ouvir os dois principais representantes do estado no Brasileirão, Remo e Paysandu, para falar sobre como têm se precavido de casos assim nos clubes. Existe alguma cartilha ou diálogo com os jogadores sobre o assunto? Punições previstas para casos de descobrimento? O diálogo com os atletas aumentou agora, com o boom de casos?
Remo
Pelo lado do Remo, o presidente do clube, Fábio Bentes, foi quem falou sobre o assunto. De acordo com o mandatário do Leão Azul, o clube sempre faz análises de diversos momentos dos jogos. Além disso, o assunto é discutido com os jogadores, já que é algo que prejudica não apenas os clubes, mas as carreiras dos próprios atletas.
"A gente monitora a partir dos lances da partida. Qualquer lance que fuja do habitual, do natural, é tido como lance sob suspeita. Então começa o monitoramento assim. A gente já teve algumas reuniões com o elenco, a gente conversa a respeito do assunto, mostra o prejuízo que pode trazer para a carreira dele e para o clube que defende. Se a gente tem algum sinal concreto que está tendo algo, a gente toma as providências. Mas até agora, não temos nenhuma sinalização que isso aconteceu com a nossa equipe", explicou Bentes.
Paysandu
A equipe de O Liberal entrou em contato com a assessoria do Paysandu. No entanto, até o momento não houve retorno.
Penalidade máxima
Até a tarde de sexta-feira (12), havia pelo menos 26 envolvidos na Operação Penalidade Máxima, comandada pelo Ministério Público de Goiás. Além disso, há diversos outros nomes citados na investigação do MP-GO. Dos 26, nove são apostadores e 15 jogadores. Dos atletas, 11 foram afastados pelos respectivos clubes.
As investigações revelaram que o contato para a manipulação de resultados é frequentemente estabelecido por meio de redes sociais, como compartilhamento de números de telefone ou mensagens diretas via Instagram. Durante essas comunicações, são feitas ofertas para influenciar eventos específicos durante uma partida, como a obtenção de um cartão amarelo.
Em alguns casos identificados nas investigações, os envolvidos realizam um "sinal", que consiste em um pagamento antecipado de uma parcela menor do dinheiro prometido, seguido por um pagamento posterior do montante restante.
No âmbito da regulamentação das apostas esportivas, houve uma reunião em abril, na qual o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se encontrou com representantes de casas de apostas para discutir e definir as regras dessa regulamentação. No entanto, a nova Medida Provisória que deve estabelecer essas regras ainda não está em vigor e aguarda a assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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