Série C vai parar? Adversário do Remo tenta virada de mesa na Justiça
Rebaixamento do Sampaio Corrêa-MA fez torcida comemorar, o que causou estranheza; clube deve tentar última cartada no STJD
A primeira fase da Série C do Campeonato Brasileiro já encerrou e, além de definir os classificados para o quadrangular da competição - incluindo o Clube do Remo, foram definidas as quatro equipes rebaixadas, que no próximo ano devem disputar a Série D. Um dos rebaixados foi o Sampaio Corrêa-MA, que teve o resultado celebrado pela torcida, o que causou estranheza.
Durante a transmissão do último jogo feita pelo canal oficial do Tricolor Maranhense, contra o Confiança-SE, no último sábado (24/8), os narradores comemoraram a vitória do time e, ao mesmo tempo, o rebaixamento, assim como a torcida presente na arquibancada, uma cena no mínimo inusitada.
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Virada na justiça
A comemoração teve um motivo: a virada que o Sampaio Corrêa busca na justiça. Com a vitória no último jogo, a Bolívia Querida encerrou a participação na Série C 2024 ocupando a 17ª posição na tabela, com 19 pontos, abrindo o “grupo” de rebaixados. No entanto, o clube busca reverter o rebaixamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
O pedido na Justiça deve abordar uma suposta irregularidade do atleta Yuri Ferraz, do Caxias-RS. O atleta já havia atuado em quatro jogos pelo ABC-RN, na Terceirona, antes de ser transferido pelo Caxias, onde atuou na competição. Segundo o regulamento, um jogador pode disputar, no máximo, três partidas por um clube antes de se transferir para outra equipe da mesma divisão.
A denúncia, iniciada por CSA e Tombense, foi endossada pelo Sampaio, que seria beneficiado com uma possível perda de pontos do time gaúcho, se livrando assim do rebaixamento. O Caxias encerrou a participação na Série C deste ano com 21 pontos, na décima quinta posição, somente dois a mais que o time maranhense.
"O Caxias usou um jogador de forma irregular em várias partidas, e já levamos a denúncia ao STJD. A punição precisa ser aplicada — o regulamento é para todos", afirmou o diretor jurídico do Sampaio, Perez Paz.