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SAF do Paysandu: inspirado em modelo do Fortaleza, clube quer profissionalizar gestão, afirma vice

Segundo Fred Cabral, SAF garante administração mais capacitada, além de valorizar a marca do bicolor no mercado do futebol.

Caio Maia

Um caminho para a profissionalização. Foi assim que o vice-presidente de operações do Paysandu, Fred Cabral, avaliou o plano da diretoria alviceleste em tornar o Papão numa Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A nova empresa, que teria como dono o próprio clube associativo, será, na opinião do dirigente, a valorização da marca bicolor no mercado de futebol brasileiro.

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"A nossa ideia de SAF é muito parecida com o modelo do Fortaleza. Não queremos entregar o controle do capital do clube aos investidores, mas sim reter esse capital. Não queremos vender as ações, mas buscar internamente um modelo mais profissional, projetando no mercado de futebol um clube 100% organizado. Fizemos vários estudos sobre o assunto e achamos que esse modelo se encaixaria no Paysandu", disse o vice-presidente em entrevista exclusiva ao Núcleo de Esportes de O Liberal.

Modelo novo

A SAF com "controle total" é algo novo no futebol brasileiro. O primeiro caso convicto de um clube que cria uma empresa para o futebol sem a intenção de venda é o do Fortaleza, quando negociou 90% das ações com uma empresa gerida pelo próprio Leão do Pici.

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Segundo Fred Cabral, a atual diretoria do Paysandu tem como prioridade manter o controle de qualquer negociação nas mãos do clube. A gestão vê isso como uma observância dos direitos fundamentais da associação, que quer ter o domínio do futuro, sobretudo financeiro.

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Um exemplo disso ocorreu no final do ano, quando o Paysandu preferiu assinar com a Libra, mesmo tendo recebido propostas de integrar a Liga Forte União. O motivo: o tempo de venda de direitos de transmissão oferecidos por cada organização.

"Na Liga Forte eles ofereciam a venda de 20% dos direitos de transmissão pelos próximos 50 anos, mas não é do interesse do clube negociar valores num prazo tão longo. Na Libra nós temos 100% dos direitos de transmissão, mas eles são negociados em bloco. A independência é algo que norteia a gestão do Paysandu. Somos uma instituição financeiramente saudável muito por conta disso”, finalizou.

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