SAF do Paysandu: inspirado em modelo do Fortaleza, clube quer profissionalizar gestão, afirma vice

Segundo Fred Cabral, SAF garante administração mais capacitada, além de valorizar a marca do bicolor no mercado do futebol.

Caio Maia
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Um caminho para a profissionalização. Foi assim que o vice-presidente de operações do Paysandu, Fred Cabral, avaliou o plano da diretoria alviceleste em tornar o Papão numa Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A nova empresa, que teria como dono o próprio clube associativo, será, na opinião do dirigente, a valorização da marca bicolor no mercado de futebol brasileiro.

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"A nossa ideia de SAF é muito parecida com o modelo do Fortaleza. Não queremos entregar o controle do capital do clube aos investidores, mas sim reter esse capital. Não queremos vender as ações, mas buscar internamente um modelo mais profissional, projetando no mercado de futebol um clube 100% organizado. Fizemos vários estudos sobre o assunto e achamos que esse modelo se encaixaria no Paysandu", disse o vice-presidente em entrevista exclusiva ao Núcleo de Esportes de O Liberal.

Modelo novo

image Marcelo Paz, presidente do Fortaleza, conduziu criação de SAF da equipe. (Divulgação/Fortaleza)

A SAF com "controle total" é algo novo no futebol brasileiro. O primeiro caso convicto de um clube que cria uma empresa para o futebol sem a intenção de venda é o do Fortaleza, quando negociou 90% das ações com uma empresa gerida pelo próprio Leão do Pici.

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O modelo de SAF do Paysandu ainda não está 100% definido, pois ainda é estudado pela atual presidência. No entanto, caso siga o projeto adotado pelo Fortaleza, o Bicola deve extinguir presença de diretores estatutários no organograma do clube.

Com uma SAF gerindo o futebol, todos os profissionais responsáveis pela administração bicolor seriam contratados pela nova empresa. O topo da hierarquia corporativa será ocupado por um CEO, subordinado ao clube associativo.

No entanto, para que isso saia do papel ainda são necessários vários trâmites burocráticos. Como a criação de uma SAF não está prevista no estatuto do clube, todos os órgãos fiscalizadores - Assembleia Geral e Conselho Deliberativo - devem aprovar a mudança. Segundo Fred, a tendência é que o Papão ainda amplie essa consulta aos sócios.

"Se a SAF for implementada, o projeto deverá ser aprovado por todos os órgãos do clube. Como não há previsão no estatuto, teríamos de conversar com a Assembleia Geral e consultá-los sobre a mudança, assim como com o Conselho Deliberativo. Nós da presidência ainda queremos uma aprovação pelos sócios-proprietários e remidos", disse.

Controle bicolor

image Presidente Maurício Ettinger e os vices Fred Cabral e Roger Aguilera (Jorge Luís Totti/Paysandu)

Segundo Fred Cabral, a atual diretoria do Paysandu tem como prioridade manter o controle de qualquer negociação nas mãos do clube. A gestão vê isso como uma observância dos direitos fundamentais da associação, que quer ter o domínio do futuro, sobretudo financeiro.

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Um exemplo disso ocorreu no final do ano, quando o Paysandu preferiu assinar com a Libra, mesmo tendo recebido propostas de integrar a Liga Forte União. O motivo: o tempo de venda de direitos de transmissão oferecidos por cada organização.

"Na Liga Forte eles ofereciam a venda de 20% dos direitos de transmissão pelos próximos 50 anos, mas não é do interesse do clube negociar valores num prazo tão longo. Na Libra nós temos 100% dos direitos de transmissão, mas eles são negociados em bloco. A independência é algo que norteia a gestão do Paysandu. Somos uma instituição financeiramente saudável muito por conta disso”, finalizou.

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