Rodrigo Santana tem desafio extra; Márcio Fernandes vive indefinição
Um desafio extra para Rodrigo Santana
É estarrecedor o fato de nenhum técnico ter atravessado uma temporada inteira no Remo desde o seu primeiro campeonato brasileiro, há 52 anos. Rodrigo Santana foi o terceiro no clube este ano, e tem sido essa a média no Leão: três técnicos por ano. Rodrigo Santana está voltando com a bola cheia para 2025. Quebra a marca incrível negativa do Remo e vai do início ao fim no cargo? Eis o desafio extra.
Rodrigo Santana tem tudo para ser longevo. É um comandante que cativa e um técnico que se destaca nas construções táticas. Além disso, está formando todo o grupo e definindo o planejamento de trabalho, sob absoluta aprovação dos dirigentes, da imprensa e da torcida, num projeto de arrojado investimento.
Manter ou não manter Márcio Fernandes?
Parece pesar algum preconceito contra Márcio Fernandes. Afinal, apesar dos 53,3% de aproveitamento com o Papão na Série B, há uma forte corrente contra a permanência dele para 2025. Outros nomes estão em avaliação no clube.
Ficando ou não ficando, Márcio Fernandes vai fechar a temporada em alta e terá o privilégio de escolher a melhor proposta. Se valorizou ao reafirmar a sua competência na missão de salvar um clube de massa na Série B. Isso tem fácil e ótima repercussão no mercado.
BAIXINHAS
- É natural que torcedores do Remo estejam ansiosos por nomes de contratações. Mas o clube não pode anunciar ninguém enquanto não tiver assinatura de contrato. Atletas negociados já existem, mas dentro de uma prática especulativa.
- Agentes de atletas fecham as negociações, com aval dos atletas, mas fogem da assinatura de documentos, aguardando propostas melhores. Agem assim até o último momento. Nesse mercado prostituído, muitos dos namoros e noivados de novembro são desfeitos em dezembro, por alguma vantagem.
- Matheus Nogueira, Edilson, João Vieira, Borasi, Diogo Batista, Jaderson, Pedro Vitor... Jogadores que chegaram a Belém sem cartaz estão valendo ou valeram a pena. Em comum neles a percepção de Paysandu e Remo como oportunidade de crescimento profissional, muito bem honrada.
- Paysandu, 37 jogadores contratados na temporada e nenhum revelado. Remo, 35 contratações e se dá para citar alguma revelação na temporada é o atacante Felipinho (15 jogos e 3 gols). Em segundo plano, Henrique (16 jogos e 1 gol), Kanu (6 jogos e 1 gol) e Jonilson (9 jogos).
- O Manaus ofereceu o dobro do que a Tuna se dispunha a pagar e levou o técnico Júlio César Nunes. O que também o atraiu foi a perspectiva de título estadual. O Manaus vai disputar também a Copa Verde, a Copa do Brasil e a Série D.
- Técnicos já definidos para o Parazão 2025: Rodrigo Santana no Remo, Silvio Criciúma no Águia, Rodrigo Reis no Cametá e Robson Melo no Bragantino. Na Tuna é defendido o nome do jovem Ignácio Neto, do sub 20, mas o clube vai precisar muito dele na Copa SP em janeiro.
- Foi muito digna a participação da Tuna na Copa do Brasil sub 20, encerrada ontem com derrota para o São Paulo por 2 x 0, depois de 1 x 1 em Belém. O time de Ignácio Neto deixou ótima impressão e mostrou atletas com potencial para fazer carreira.