TJD-PA decide não validar primeiro Re-Pa da final do Parazão, mas libera premiação da FPF; entenda
Partida de ida da decisão terminou com vitória do Paysandu por 2 a 0 sobre o Remo.
O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA), Hamilton Gualberto, acatou o pedido do Remo e determinou a não homologação do resultado do Re-Pa válido pelo jogo de ida da final do Parazão de 2024. A decisão, expedida nesta sexta-feira (12), não interfere na realização do jogo da volta, marcado para ocorrer no domingo (14).
Apesar disso, independentemente do resultado obtido em campo no segundo jogo, nenhuma equipe poderá ser declarada como campeã paraense. Para que o vencedor do torneio seja reconhecido pela Federação Paraense de Futebol (FPF), será necessário o julgamento final do caso, que ainda não tem data definida.
Entretanto, conforme frisou o diretor jurídico da FPF, André Cavalcante, a decisão judicial deve ser proferida nos próximos dias.
"Eu acredito que isso seja definido semana que vem. Quando o presidente recebeu o pedido, ele já mandou para o relator, para que se marque o julgamento o mais breve possível. Vamos entregar medalha e troféu, mas o resultado ficará sub judice. O que vai ser discutido no julgamento é se vai haver um erro de direito ou de fato. Dependendo do resultado, o julgamento da semana que vem pode determinar a realização de uma nova partida de ida."
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O imbróglio judicial foi gestado no ventre azulino logo após a derrota na primeira partida pelo placar de 2 a 0. O clube fundamentou o seu pedido em cima da atuação da equipe responsável pela análise do VAR, composta pelos paraenses Djonaltan Costa de Araujo, Luis Diego Nascimento Lopes, Gleika Oliveira Pinheiro e Olivaldo da Silva Moraes (CBF/PA).
Anteriormente, o clube já havia manifestado contrariedade à escalação de Djonaltan, fato ignorado pela FPF com o argumento de não ter profissionais suficientes no quadro estadual com a devida qualificação para o manuseio do equipamento. Diante do primeiro tombo, o Remo então resolveu exigir da federação os áudios da equipe do VAR durante a partida, que também foi negado pela FPF. Neste caso, a entidade se dispôs a apresentar o conteúdo, mas na sede da própria federação, na presença de um membro da Comissão de Arbitragem.
Depois de ter dois pedidos recusados na casa do futebol, o clube resolveu apelar à Justiça Desportiva, onde a derrota foi menor. Em seu despacho inicial, o presidente do TJD-PA, Hamilton Gualberto, determinou a não homologação do resultado do primeiro Re-Pa da final do Parazão, "podendo, entretanto, praticar todos os atos referentes à final do campeonato".
Trocando em miúdos, haverá festa, premiação e volta olímpica, sem a garantia, no entanto, de que o evento terá correspondência prática, até que a corte do TJD julgue o mérito do caso. Por fim, a decisão da corte foi encaminhada à FPF, que dará segmento à decisão do Campeonato Paraense, enquanto outra batalha se desenrola na arena judicial, para onde se expande a rivalidade entre Remo e Paysandu.
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