Quadro Tático: Entenda como jogará o Brasil na estreia pela Copa do Mundo de 2022 contra a Sérvia
Nos últimos dias, o técnico Tite tem treinado com uma equipe com quatro atacantes e apenas um volante de origem.
Ao que tudo indica, o Brasil entrará em campo nesta quinta-feira (24) para encarar a Sérvia, às 16h (de Brasília), pela primeira rodada do Grupo G da Copa do Mundo de 2022 com uma formação bastante ofensiva. Nos últimos dias, o técnico Tite tem treinado com uma equipe com quatro atacantes e apenas um volante de origem.
Se não acontecer nenhuma surpresa, o time titular deve ser formado por: Alisson, Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro e Lucas Paquetá; Raphinha, Richarlison, Neymar e Vini Junior.
Mas tanto poder de fogo, como esses jogadores vão se comportar dentro de campo? A defesa brasileira, conhecida por levar poucos gols neste ciclo de Copa do Mundo, ficará mais vulnerável. O Quadro Tático de O Liberal responde a essas perguntas e detalha a formação de Tite em cinco pontos.
1 - Pontas "abrem" o jogo
Ao contrário do que ocorria em outras Copas do Mundo (como 2014 e 2018) os pontas da Seleção Brasileira não vão serão mais instruídos a se aproximarem do centroavante, fazendo o movimento de "facão", conhecido na gíria do futebol. A intenção de Tite com Raphinha e Vini Júnior é ter o campo sempre aberto, "esticado". Eles irão buscar os lados para driblar e tentar uma jogada individual, que normalmente acontece contra o lateral adversário.
2 - Laterais "construtores"
Sabe o posicionamento que Cafu e Roberto Carlos adotaram na Copa de 2002, abertos e chegando à linha de fundo para cruzar? Esqueça tudo isso. Os laterais da seleção de Tite são "construtores", jogam por dentro, próximo aos meias, para articular jogadas. Quem serão os responsáveis por fazer essas funções são Danilo e Alex Sandro.
O posicionamento dos laterais foi um dos motivos pelo qual Tite convocou Daniel Alves. Ele fez essa função no Barcelona e no PSG, e no começo de sua passagem no São Paulo.
3 - Paquetá como "meia-volante"
A variação com dois pontas abertos faz com que Paquetá se movimente livremente pelo meio de campo. Com isso, ele é o principal acionado para construir jogadas e levar a bola com qualidade até Neymar. A ideia é que existam trocas entre ele e Casimiro, único volante de ofício no time titular: se Paquetá busca a bola, Casemiro avança alguns metros para se colocar como uma opção de passe.
4 - Neymar cada vez mais "camisa 10"
Apesar de usar a camisa 10, tradicionalmente utilizada por meias no futebol brasileiro, Neymar atuou como atacante nas duas últimas Copas do Mundo que disputou. No entanto, tudo mudou em 2022. Na coletiva de quarta (23), Thiago Silva citou que Ney deve sempre estar "entrelinhas", ou seja: posicionado como um autêntico meia.
Neymar atua agora atrás dos atacantes, servindo jogadores que entram na área. A ideia é que ele e Paquetá façam "dobradinhas" durante a partida.
5 - Marcação começa no ataque
A presença de um meio de campo mais leve sugere um Brasil menos marcador. Porém, nos últimos amistosos, o que se viu foi a Seleção marcando de forma avançada, pressionando a saída de bola no campo de ataque. Lucas Paquetá formava a dupla de volantes e marcava quem aparecia por lá. Já Vini não ficava tanto na frente e fechava o lado, mas sem retornar até o fundo.
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