Público no estádio: dirigentes de Remo e Paysandu manifestam opinião sobre retorno controlado do torcedor

Ausência de recursos na bilheteria, além de segurança no retorno, são os argumentos explicitados pelos presidentes da dupla Re-Pa

Fabio Will
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Os atropelos financeiros, oriundos do período de pandemia, são entraves para os clubes de futebol. Sem o apelo significativo da torcida, que se restringe a um auxílio online de venda de ingressos, tendo o retorno abaixo do esperado, Remo e Paysandu se veem órfãos, sem a principal fonte de receita que é a bilheteria. E de quebra, afetando o programa sócio-torcedor, outro meio captação de recursos. 

O cenário tenebroso, no entanto, pode mudar. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) iniciou o processo para o retorno das torcidas nos estádios. Segundo informações do Globo Esporte, um documento foi encaminhado pela CBF ao novo ministro da saúde, Eduardo Pazuello, explicitando um estudo da presença de torcedores em estádios. Se o processo encaminhar, é possível que o público volte aos estádios no mês de outubro com 30% da capacidade da praça esportiva e sem torcida visitante. A ideia é compartilhada pelos presidentes do Remo e do Paysandu.

image Fábio Bentes e Ricardo Gluck Paul`concordam com o retorno do público nos estádios (Arquivo O Liberal)

LEÃO AZUL

Pelo lado do Remo, Fábio Bentes citou, em uma publicação em sua conta no Instagram, que várias coisas já voltaram ao “normal” e reabriram, mesmo sendo ambientes fechados. Bentes também defendeu que um jogo de futebol gera receita para muitas famílias. “Na minha opinião já poderíamos ter público em estádio de forma controlada e com protocolos de segurança. Já abriram bares, cinemas e praias. Estádios são ambientes abertos e que por jogo geram renda para mais de 600 famílias”, postou.

"Estádios são ambientes abertos e que por jogo geram renda para mais de 600 famílias", Fábio Bentes, presidente do Remo

PAPÃO

O presidente do Paysandu, Ricardo Gluck Paul, manifestou opinião favorável ao retorno controlado de torcedores. Para defender o seu argumento, Ricardo faz a seguinte consideração. “Eu respeito bastante as diretrizes do Ministério da Saúde e aí foi criado o ‘embandeiramento’ do Estado, onde se observa a situação epidemiológica e hoje o que temos de notícia é que Belém se encaminha para o ‘verde’, existindo a flexibilização da prefeitura com relação a bares, restaurantes", disse. "Tenho total consciência em relação a essa pandemia, o Paysandu contribuiu muito. Sou a favor das informações da ciência. Se hoje existe a possibilidade da flexibilização, então quem fala é a ciência e não eu. Dentro dessa situação em que o Estado e Prefeitura reconhecem a situação de controle ou amenização da velocidade de transmissão do vírus, portanto, flexibilizar o futebol também pode ser nesse sentido”, disse.

"Se hoje existe a possibilidade da flexibilização, então quem fala é a ciência. Flexibilizar o futebol também pode ser", Ricardo Gluck Paul, presidente do Paysandu

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