MENU

BUSCA

Presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo é alvo da quarta denúncia de assédio sexual

Documento com o relato foi protocolado na última semana pela defesa da ex-funcionária

O Liberal com informações de CNN Brasil

O presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, recebeu a quarta denúncia de assédio, segundo a CNN Brasil, na Comissão de Ética da entidade. Na última quarta-feira (25), uma terceira ex-funcionária já havia feito as acusações. Caboclo nega todas elas, enquanto a CBF afirmou que não vai se pronunciar.

A vítima alega que sofreu agressões físicas e psicológicas. Ela relatou no, que a reportagem teve acesso, que Rogério Caboclou tentou beijá-la à força diversas vezes:

“Ele me agrediu muito, as agressões físicas doeram, eram agressões no nível emocional e psicológico, sofri muito, gritei muito, chorei todas as lágrimas possíveis. Rogério me expôs inúmeras vezes. Em reuniões, ele tentava me abraçar e me beijar, entre outras tentativas de me agarrar à força. Eu nunca quis sair da CBF, amava meu emprego, tinha grandes projetos e conquistas profissionais para alcançar, e fui impedida pelo assédio do Rogério”, diz um trecho do relato da ex-funcionária.

Em outro momento do depoimento da ex-funcionária da CBF, ela contou sobre um episódio de assédio em uma reunião de trabalho na casa do presidente afastado. De acordo com ela, Cabloco teria tentado colocar a mão entre as pernas dela.

“Em 4 ou 5 de fevereiro de 2018, fui chamada na casa dele [Caboclo] para discutir os termos do contrato com a China. Quando chego em sua casa com meu computador, ele tranca a porta, me oferece vinho, digo que não, mas ele abre uma garrafa, toma uma taça enquanto abro meu computador. Aí então ele saiu, foi para outro lado do apartamento dele. Quando ele voltou com o que me parecia shorts de banho, ele tentou me beijar, puxou meu cabelo para trás com muita força, e tentou me beijar novamente. Eu pedi para ele parar e ele não parou. Me levantei e perguntei sobre o Walter Feldman, secretário-geral da CBF. Que se ele não fosse para a reunião, podíamos remarcar na sede da CBF.”

“Ele então me pegou pelo pescoço contra a parede e forçou sua mão entre as minhas pernas. Tentei revidar e ele fez mais força no meu pescoço. Por sorte, em seguida, chegou o Walter. Quando Walter entrou perguntando se ele estava pronto para reunião. Ele [Caboclo] então me deixou na sala com Walter. Muito assustada, machucada, com o pescoço vermelho e tremendo muito, contei que o Rogério estaria bêbado e que me agarrou contra minha vontade. Walter então me respondeu assim ‘Entenda, todo gênio é um pouco louco’ e que ele (Rogério) tem muito carinho por mim”.

15 meses de afastamento

Vale lembrar que Rogério Caboclo foi afastado da CBF por 15 meses do cargo principal da CBF, pelo Conselho de Ética. Caboclo está afastado desde junho, após a primeira denúncia ter vindo à tona. A avaliação do Conselho ainda passará pela Assembleia Geral da Confederação, que pode destituir o mandatário.

Futebol