Presença da Polícia Militar impõe respeito nos estádios
Presidentes de clubes aprovam intervenções e reforço do efetivo nos campos
Nos últimos dois jogos do Paysandu na Curuzu pelo Campeonato Brasileiro da Série C a questão da segurança foi levantada. Contra o Tombense-MG um copo foi arremessado no gramado por um torcedor bicolor. Já contra o Juventude-RS um torcedor atirou uma sandália e invadiu o gramado da Curuzu. O último episódio desencadeou uma enorme confusão nas arquibancadas.
Contra o Juventude, uma torcedora do Paysandu acusa um coronel da Polícia Militar de agressão. Mas até que ponto a PM está preparada para trabalhar em um jogo de futebol? Os presidentes da dupla RePa falaram sobre o trabalho da PM nos estádios, ao lado da segurança privada. Pelo Remo, Fábio Bentes disse que a imposição que o Polícia Militar representa é importante para que o evento, mesmo que seja privado, ocorra de maneira tranquila.
“Existem questões prerrogativas que são da Polícia Militar. Cada um possui o seu papel, é armada, tem uma imposição de respeito maior no que diz respeito ao torcedor. São vários aspectos que fazem com que os clubes utilizem a Polícia Militar”, disse. Pelo lado bicolor, Ricardo Gluck Paul, disse que ter a Polícia Militar em um jogo traz mais tranquilidade.
“Quando o torcedor sai da sua casa e vai para o estádio, ele vai querer se divertir, se sentir bem naquele local. A polícia é fundamental na organização de uma partida. Existem reuniões que debatem a função de todos em um jogo e ela, a polícia, consegue se impor em eventos de grandes portes. Assim como a segurança privada, que é fundamental e ajuda a polícia em dias de jogos”, falou.
A Polícia Militar comentou a situação de se trabalhar em um evento privado e disse que é necessário se fazer presente, segundo o coronel Orlandino. “Os jogos de futebol geralmente começam nos bairros, quando você sai de casa. Mesmo sendo um evento privado, mas as partidas iniciam bem antes, por isso é necessário ter esse tipo de trabalho com o Batalhão de Policiamento Especializado, que está preparado para agir dentro dos estádios”, disse.
O presidente da FPF, Adelson Torres, disse que os clubes são os responsáveis pela segurança. “Todos os clubes mandantes são responsabilizados pela segurança de todos em uma partida de futebol. Por isso existe um trabalho em conjunto com a polícia e os seguranças privados, com reuniões que debatem o bem-estar do torcedor. Um completa o outro”, finalizou.