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Paysandu e Remo assinam nota de repúdio contra declaração do presidente da Conmebol

Alejandro Domínguez comparou a possível ausência das equipes brasileiras na Copa Libertadores a "Tarzan sem Chita"

Pedro Garcia
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Paysandu e Remo se juntaram aos outros 14 clubes da Libra e assinaram uma nota de repúdio à declaração do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, que comparou a participação dos times brasileiros na Libertadores à importância de "Chita" para Tarzan. A afirmação de Domínguez, feita na última segunda-feira (17), após o sorteio dos grupos da Libertadores, foi vista como uma analogia racista, inaceitável para o governo brasileiro.

O caso mais recente envolveu o jogador Luighi, do Palmeiras, que foi vítima de racismo durante uma partida da Libertadores Sub-20 contra o Cerro Porteño. A punição aplicada pela Conmebol ao clube paraguaio foi considerada branda, o que motivou a presidente do Porco, Leila Pereira, a sugerir que os clubes brasileiros considerassem abandonar as competições da entidade.

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A dupla Re-Pa assinou a nota de repúdio que destaca a insatisfação dos clubes da Libra, com exceção do Flamengo, que foi o único time da Liga a não assinar a nota conjunta, com a forma como a Conmebol tem lidado com questões de racismo no futebol sul-americano. 

Veja a nota na íntegra

Os clubes brasileiros Atlético-MG, Bahia, Grêmio, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos, São Paulo, Vitória, Ferroviária, Paysandu, Remo, Volta Redonda, ABC, Brusque, Guarani e Sampaio Corrêa - membros da LiBRA - vêm a público manifestar seu profundo repúdio às declarações do presidente da CONMEBOL, Alejandro Domínguez, que, ao comparar a possível ausência das equipes brasileiras na Copa Libertadores a "Tarzan sem Chita", utilizou uma analogia de evidente cunho racista e preconceituoso.

A gravíssima declaração de Dominguez traz à tona o evidente preconceito enraizado no ambiente do futebol, reforça estereótipos racistas, perpetua a desumanização de pessoas negras, além de demonstrar total insensibilidade em relação a temas de extrema urgência, como o combate ao racismo e a promoção da diversidade no futebol.

Os clubes brasileiros reafirmam seu compromisso com a luta contra o racismo e com a promoção de um futebol inclusivo e respeitoso. Não aceitaremos calados nenhum tipo de discriminação, seja em campo, nas arquibancadas ou nas declarações de dirigentes.

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