Pai de árbitro agredido processa o Paysandu por tentativa de homicídio: 'Meu filho lutou pela vida'
Clube bicolor não quis se manifestar sobre o caso
A eliminação do Paysandu no Campeonato Paraense sub-20 não foi o maior dos problemas para o Bicolor. Isso por causa das acusações de agressão de jogadores e um diretor do Papão à equipe de arbitragem da partida contra o Carajás. A reportagem de OLiberal conseguiu contato com o pai do árbitro assistente Rafael Bastos Cardoso (CBF), vítima que ficou em pior estado, Ivanildo Gomes.
A AGRESSÃO
A FAMÍLIA
Emocionado e em tom de revolta, Ivanildo, que estava presente na partida e diz ter testemunhado as agressões ao filho e colegas, contou que por muito pouco o pior não aconteceu. "Temos as imagens onde identificamos alguns dos agressores. Cinco já foram identificados e agora estamos reconhecendo outros. A nota do Paysandu foi tão vergonhosa que ela virou prova de nosso processo, pois o que houve ali não foi uma 'violência comum, foi um linchamento, meu filho lutou pela vida", disparou.
Segundo Ivanildo, até mesmo jogadores do Carajás, preocupados com a vida dos árbitros tentaram defender os profissionais do apito. "Vamos tentar enquadrar como tentativa de homicídio".
O mais experiente da equipe de arbitragem designada para o jogo, Rafael Bastos também é enfermeiro e professor do curso técnico de Enfermagem. De acordo com o pai, o bandeirinha, que vem sendo acompanhado por uma psicóloga, não tem condições de sair de casa e até mesmo o médico que realizou os primeiros exames no Instituto Médico Legal (IML) teria se revoltado.
"Meu filho está com dores no corpo e de cabeça, ainda não podemos fazer exames para saber se os chutes na cabeça afetaram o cérebro, se tem algum coágulo ou algo assim, mas não pode sair de casa para trabalhar. Ninguém do Paysandu entrou em contato para saber como o Rafael está, exceto a vice-presidente [Ieda Almeida], que está nos ajudando com essa situação", revelou Ivanildo.
ADVOGADO
O advogado Marco Antônio Pina "Magnata", contratado para defender os interesses de Rafael Bastos e da família, contou que ainda está à espera do laudo e da perícia para saber quais os próximos passos. "Vou estar acompanhando o caso, estamos aguardando para saber se os agressores serão indiciados pelo Ministério Público por lesão corporal ou tentativa de homicídio. No Boletim de Ocorrência (BO), o Rafael identificou atletas e um diretor do Paysandu".
O OUTRO LADO
A reportagem de OLiberal entrou em contato com o advogado jurídico do Paysandu, Alexandre Pires, em busca de um posicionamento. Mas segundo Alexandre, o clube se manifestará apenas no momento oportuno.
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