Obras no Colosso do Tapajós afetam clubes santarenos na Segundinha do Parazão

Os clubes do oeste paraense não poderão sentir o calor da torcida e o apoio incondicional das arquibancadas, considerado um verdadeiro combustível para os jogadores dentro de campo

Ândria Almeida
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Os times de futebol santarenos São Raimundo e São Francisco estão com alta expectativa para a disputa da segundinha do Parazão. No entanto, para conquistar o tão sonhado acesso, os times precisam jogar fora de casa enquanto aguardam que a principal arena regional, o Colosso do Tapajós, ter as obras finalizadas. Os clubes do oeste paraense não poderão sentir o calor da torcida e o apoio incondicional das arquibancadas, considerado um verdadeiro combustível para os jogadores dentro de campo. A ausência da torcida é o principal problema das equipes santarenas atualmente.

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Na disputa da segunda divisão do campeonato paraense de futebol 2022, o São Francisco e o São Raimundo estão tendo que mandar os seus jogos na região metropolitana de Belém. Além da questão financeira e logística, a obra no Colosso - casa das duas equipes - foi ponto decisivo na reunião com a Federação Paraense de Futebol (FPF), que definiu os moldes da competição.

image Na disputa da segunda divisão do campeonato paraense de futebol 2022, o São Francisco e o São Raimundo estão tendo que mandar os seus jogos na região metropolitana da Capital (Divulgação/ Wando Costa)

"De fato, essa questão de jogarmos longe da nossa casa, da nossa torcida é um fator crucial e que pode ser até determinante na nossa classificação. Entrar em campo e ouvir a nossa arquibancada dá um gás a mais, isso vale também para os nossos adversários que podem sentir a nossa força dentro de casa, situação que infelizmente não podemos contar neste ano", ressaltou Wando Costa, técnico do São Raimundo.

Pantera, como é conhecida a equipe Alvinegra, estreou com derrota diante do Izabelense em um dos Campos do Ceju no domingo (11). O placar foi de 1 a 0, com o gol marcado aos 14 minutos do segundo tempo. Partida que tinha o São Raimundo como mandante.

O São Francisco teve a estreia simultânea com o arquirrival, o São Raimundo, e teve um resultado favorável com a vitória pelo placar de 2 a 1, sobre a equipe do Pedreira, mas, apesar da vitória, o leão Santareno também sentiu a distância da torcida.

image O São Francisco teve a estreia simultânea com o arquirrival - o time São Raimundo (Divulgação/ Katola)

"Estamos lutando pela nossa classificação, não é uma tarefa fácil, mas estamos trabalhando, lógico que a equipe sente a ausência do torcedor, que acabam sendo aquele décimo segundo jogador, infelizmente não temos esse recurso, mas pensando nisso, pensando em cada um deles que estão torcendo em Santarém pela nossa equipe é que temos ainda mais sede de vencer", ressaltou Samuel Cândido, técnico do São Francisco.

Um colosso adormecido

A ordem de serviço para a reforma e ampliação do Estádio Colosso, localizado em Santarém, foi assinada em novembro do ano passado pelo governador do Pará, Helder Barbalho. A proposta é que o estádio seja um dos principais palcos esportivos da região

Estão previstos gastos de mais de 94 milhões de reais nas obras que iniciaram em novembro de 2021 e que devem ser finalizadas até o fim de 2023. Após o término dos trabalhos, a capacidade máxima mais que duplica, saltando de pouco mais de 8.500 pessoas para 23 mil.

Em contraponto a essa dependência, um outro representante de Santarém no cenário estadual de futebol, o time do Tapajós, único representante da região na elite do futebol, paraense vive a expectativa pelo término da construção do Centro de Treinamento próprio, a ideia é construir um local que atenda os critérios exigidos pela FPF para a realização de jogos das competições do Parazão, servindo como alternativa em uma eventual ausência do Colosso.

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