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No comando do time sub-20 da Tuna, Ignácio de Loiola destaca: ‘formar atletas de alto nível’

Técnico conversou com a equipe de esportes de O Liberal sobre a forma que entrelaça a carreira de técnico de futebol e futsal

Andréia Santana

Não é incomum que jogadores de futebol tenham começado as carreiras nas quadras de futsal. De maneira ligeiramente diferente, isso ocorreu também com o treinador Ignácio de Loiola  que comanda equipes de futsal há 13 anos, e agora se divide treinando também o time de futebol sub-20 da Tuna Luso.

Apesar da mudança não ter sido como ele planejava, o técnico aceitou o desafio e já tem grandes objetivos para o time de base da Lusa, incluindo a conquista de grandes campeonatos. Tudo isso ao mesmo tempo em que continua no comando da equipe de futsal do Colégio Santa Rosa. 

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Em entrevista à equipe de esportes de O Liberal, Loiola falou sobre os desafios de comandar equipes em modalidades diferentes e sobre a carreira como técnico. 

Confira a entrevista:

OL: Por que trocar o futsal pelo o futebol?

Ignácio de Loiola: Na verdade, eu não saí do Futsal. Junto com a equipe do Colégio Santa Rosa, ainda tem competições importantes para representar nosso estado e nosso país. Iremos agora em Outubro para o mundial escolar de futsal na Sérvia, representando a Seleção Brasileira, em busca desse título inédito para o nosso estado. 

OL: Tem muita diferença entre as duas modalidades?

Ignácio de Loiola: Eu costumo dizer que o Futsal é uma grande escola para o futebol de campo. Grandes nomes da história do futebol passaram pelo Futsal, como por exemplo Zico, Ronaldinho Gaúcho, Neymar, e outros. No Brasil, é uma das modalidades coletivas mais praticadas principalmente pela facilidade de acesso que as crianças têm, já que nas escolas, praças, clubes sempre tem uma quadra de futsal. Outro fator importante é que o futsal melhora a tomada de decisão do praticante, domínio da bola, bom passe, finalização. Dessa forma, os grandes clubes de futebol pelo Brasil utilizam o futsal até a categoria Sub-14 para fazer a transição para o futebol de campo. Aceitamos esse desafio na Tuna e a maioria dos nossos atletas são oriundos do futsal. 

OL: O que dá para levar de um treino para o outro?

Ignácio de Loiola: Dentro de uma metodologia analítica e mista de treino, muitos movimentos do futsal se refletem no futebol de campo. Os treinos de espaços reduzidos são comuns entre ambas as modalidades, transição, superioridade e inferioridade numérica. Afirmo sem empirismo algum que no futebol de campo conseguimos setorizar diversas atividades que também utilizamos no futsal. 

OL: Como é treinar jovens adultos agora?

Ignácio de Loiola : Está sendo muito gratificante. É uma categoria que já fiz um trabalho desde o ano passado pela equipe de futebol de campo do Colégio Santa Rosa. Conseguimos ser campeões estaduais invictos e campeões brasileiros sub-18 estudantil, vencendo grandes equipes do futebol nacional como o Brusque-SC, na grande final. 

OL: Quais seus principais objetivos e expectativas como técnico?

Ignácio de Loiola: Eu sempre fui convidado para atuar no futebol de campo, porém só pretendia atuar após os meus 40 anos, e depois de realizar todas as minhas metas no futsal. Mas hoje, com 37 anos, me sinto totalmente maduro e preparado para essa transição. Está sendo muito satisfatória a experiência. Pretendo tirar todas as licenças da CBF em breve, revelar atletas para o profissional, quero vencer campeonatos importantes estaduais e nacionais assim como fiz no futsal, para aí sim, assumir uma grande equipe profissional do futebol brasileiro. Já tenho todo o desenho e processo de como será minha carreira e todos os dias quando saio para trabalhar visualizo onde posso chegar. 

OL: E para o time sub-20 da Tuna, qual o principal objetivo atualmente?

Ignácio de Loiola: Fui convidado pelo diretor Éder Pisco para assumir a equipe sub-20. Eu já havia sido campeão paraense invicto sub-20 de futsal pela Tuna Luso. E agora, o Éder está me dando todas as condições de trabalho no clube, com grandes projetos de médio e longo prazo para a Tuna. Sei que posso agregar muito nessa reconstrução da Tuna Luso, conquistando títulos e principalmente revelando grandes atletas para a equipe profissional. A Tuna sempre foi celeiro de craques, e tenho plena convicção que ajudaremos a formar atletas de alto nível para atuar em qualquer clube do Brasil e do exterior.

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