'Não era mais capaz de dar o que esperávamos', explica CEO do Al-Hilal sobre saída de Neymar
Neymar chegou ao Al-Hilal em agosto de 2023, entretanto, após cinco jogos, o atacante sofreu uma lesão no joelho e ficou fora dos jogos na Arábia Saudita por mais de um ano
Com apenas sete jogos disputados com a camisa do Al-Hilal, a saída precoce de Neymar da Arábia Saudita, às vésperas da disputa do Mundial de Clubes em junho deste ano, nos Estados Unidos, não foi vista como um erro pelo CEO do clube, Esteve Calzada. De acordo com o dirigente, o atacante, que retornou ao Santos neste mês, não era "mais capaz de entregar o que" era esperado dele em campo, apesar do resultado positivo em relação à área financeira.
"Eu me arrependo muito que nunca pudemos contar com Neymar", afirmou Calzada, ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung. "Sua saída prova que nós, no Al-Hilal, estamos procurando e precisando de jogadores capazes de entregar o máximo. Apesar de Neymar ter contribuído para o nosso sucesso de marketing, o resultado esportivo é nossa prioridade. E chegamos à conclusão de que ele não era mais capaz de entregar o que esperávamos."
Neymar chegou ao Al-Hilal em agosto de 2023, depois de defender o Paris Saint-Germain por seis anos, pelo valor de 90 milhões de euros (cerca de R$ 485 milhões à época). Entretanto, após cinco jogos, Neymar sofreu uma lesão no joelho e ficou fora dos jogos na Arábia Saudita por mais de um ano. Jorge Jesus, treinador do Al-Hilal, também deixou o camisa 10 fora da lista de inscritos no Campeonato Saudita - por causa do limite de estrangeiros na competição.
A decisão fez com que Neymar e seu estafe optassem pela rescisão contratual junto ao Al-Hilal e, consequentemente, o retorno ao Santos. Desde que chegou ao Brasil, no entanto, o camisa 10 já disputou duas partidas com a camisa alvinegra. "Não digo que ele não é mais capaz de jogar futebol. Mas o nível de competitividade no Al-Hilal é brutal. Temos um número limitado de estrangeiros. Neymar, atualmente, não tem o nível para entregar o máximo de forma imediata", afirmou Calzada.
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O dirigente atuou como diretor comercial no City Football Group (CFG), conglomerado de clubes liderado pelos Emirados Árabes Unidos e dono do Manchester City, antes de ser contratado pelo Al-Hilal. "Neymar nos deu visibilidade. Ganhamos um impulso no crescimento de nossa base de seguidores, de 15 milhões para mais de 40 milhões", conta Calzada, sobre o impacto do atacante na Arábia Saudita.
"Mas, para nós, o Mundial de Clubes é uma das nossas maiores prioridades da temporada. Não vamos aos EUA para trocar camisas. A competição nos oferece uma oportunidade de apresentar uma nova perspectiva sobre o clube", avaliou o empresário.
No Brasil, Neymar tem impulsionado as redes do Santos, assim como fez na Arábia Saudita. Neste domingo, na estreia como titular, teve uma exibição apagada. Com pouquíssimos momentos de brilho e sem muita ajuda dos companheiros, o atacante foi substituído a 15 minutos do fim da partida contra o Novorizontino e viu do banco o duelo terminar em empate sem gols.