Mulher é presa por racismo contra crianças durante partida de futebol: 'Macaquitos'
Caso ocorreu durante um jogo de futebol da categoria sub-11, no Estádio Municipal Ary de Carvalho, entre as equipes YL Sports, de Marília (SP), e o Auri Azul, do Paraguai
Uma mulher foi presa por cometer injúria racial contra crianças durante uma partida de futebol em Mirandópolis, no interior de São Paulo. A suspeita, de nacionalidade paraguaia, foi detida após chamar os jogadores, a comissão técnica e os torcedores da equipe "Macaquitos", enquanto imitava gestos de macacos.
O caso ocorreu durante um jogo de futebol da categoria sub-11, no Estádio Municipal Ary de Carvalho, entre as equipes YL Sports, de Marília (SP), e o Auri Azul, do Paraguai. A partida era válida pela Copa Sul-Americana da Paz, em disputa pela medalha de bronze.
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O clube paulista, ao perceber as atitudes da torcedora paraguaia, pediu imediatamente a suspensão da partida. Os representantes do time ainda registraram um boletim de ocorrência (BO) na delegacia de Lavínia, também no interior paulista.
Em nota, o clube brasileiro se pronunciou nas redes sociais no domingo (2):
“O Projeto YL SPORTS vem lamentavelmente informar que durante a disputa pelo bronze na categoria sub-11, nossos atletas, comissão e torcedores foram alvos de insultos racistas, vindo de uma torcedora paraguaia. Prontamente pedimos a paralização e encerramento da partida, momentos depois registramos um Boletim de Ocorrência contra a mesma, que foi presa em flagrante. Não mediremos esforços para acabarmos com esse CRIME e iremos até as últimas instâncias para defendermos todos do projeto que sentiram-se humilhados e coagidos com a situação. Informamos ainda que o advogado do projeto foi acionado para darmos andamento em todos os trâmites legais”.
A mulher foi presa em flagrante e passou por audiência de custódia, em que o Ministério Público de São Paulo (MPSP) solicitou a prisão preventiva. O pedido foi aceito pelo Judiciário, considerando a gravidade do crime, o fato de as vítimas serem crianças e o risco de impunidade caso a investigada retornasse ao Paraguai.
*(Pedro Garcia, estagiário de jornalismo, sob supervisão de Mirelly Pires, editora web de OLiberal.com)