Morre César Luiz Menotti, campeão do mundo com a Argentina em 1978
Menotti, reconhecido por sua paixão pelo futebol brasileiro, uma vez afirmou que Pelé superou Maradona em sua opinião.
O ex-técnico argentino César Luis Menotti morreu aos 85 anos neste domingo (05/05). O renomado treinador se notabilizou por liderar a seleção argentina à vitória na Copa do Mundo de 1978.
A Associação do Futebol Argentino (AFA) anunciou a morte através das redes sociais. Menotti, reconhecido por sua paixão pelo futebol brasileiro, uma vez afirmou que Pelé superou Maradona, em sua opinião.
A causa exata da morte ainda não foi divulgada, porém, relatos indicam que Menotti havia sido hospitalizado no final de março devido a uma grave anemia, recebendo alta em 11 de abril. Antes de morrer, ele ocupava o cargo de Diretor de Seleções Nacionais da AFA.
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Embora tenha deixado sua marca como meio-campista em sua carreira de jogador, foi como treinador que Menotti eternizou seu nome na história do futebol argentino. Iniciando sua jornada no comando técnico no Huracán em 1974, alcançou o auge ao liderar a Argentina para o título mundial em 1978, além de conduzi-la à segunda fase da Copa do Mundo de 1982.
Um dos momentos mais emblemáticos de sua carreira foi a convocação de Maradona, com quem conquistou o Mundial Juvenil de 1979. Além disso, Menotti treinou o ídolo argentino durante sua passagem pelo Barcelona entre 1982 e 1984.
Conhecido por seu estilo de jogo distintivo, Menotti foi o precursor do "Menottismo", uma filosofia que enfatizava a posse e circulação intensa da bola. Sua influência transcendeu fronteiras, com figuras proeminentes como Pep Guardiola o visitando em busca de orientação.
Os feitos de Menotti como treinador são notáveis, incluindo títulos como o Torneio Metropolitano de 1973 com o Huracán e múltiplos troféus com o Barcelona. Seu legado se estende além das fronteiras argentinas, tendo treinado equipes em toda a Europa e concluído sua carreira no futebol mexicano.
Como jogador, Menotti encantou os torcedores do Rosario Central e teve passagens pelo Boca Juniors, Santos e Juventus-SP. Sua admiração pelo futebol brasileiro era evidente, embora não hesitasse em expressar suas opiniões sobre o estado atual do esporte.
Em suas próprias palavras, "Para a Argentina, o futebol é um fato cultural, uma forma de expressão. Para além do raciocínio tático, o futebol deve ter um enorme compromisso em conseguir uma relação emocional com as pessoas, que são as sustentadoras de tudo isto. Há duas coisas mais importantes que títulos: reconhecimento e respeito.
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