Marta ganha estátua de cera no Museu da Seleção Brasileira e diz: 'Que venham outras mulheres'
A estátua de Marta levou mais de um ano para ser produzida, contando com o trabalho conjunto de cerca de 30 artesãos da cidade de Londres
A atacante Marta, eleita melhor jogadora de futebol de todos os tempos, foi homenageada com a inauguração de uma estátua de cera no Museu da Seleção Brasileira durante evento na sede da CBF, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A homenagem aconteceu nesta quinta-feira, contando com a presença do presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, a treinadora Pia Sundhage, o técnico Tite, entre outras personalidades esportivas.
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Esta é a segunda estátua de cera instalada no museu, que detém o maior acerto sobre a memória da seleção. O primeiro a ter uma réplica de si mesmo foi o próprio Rei Pelé. Já a estátua de Marta levou mais de um ano para ser produzida, contando com o trabalho conjunto de cerca de 30 artesãos da cidade de Londres.
"O mais importante é a homenagem que é dada a minha pessoa, mas no geral ao futebol feminino. É um espaço que está sendo cada vez mais incluído e ficamos felizes que a casa do futebol está dando esse exemplo. Que meus pés não sejam os únicos na Calçada da Fama do Maracanã e nem aqui. Que venha outras mulheres. Que a gente possa trabalhar nesse sentido também. Futebol é amor, paixão, mas inclusão social também", disse a atacante multicampeã.
Marta é um fenômeno nos gramado de jogo. Foi eleita melhor jogadora do mundo por seis vezes, cinco delas consecutivas. Um recorde entre homens e mulheres. É a maior artilheira da história da Seleção Brasileira, maior artilheira da história dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo, além de ser, até hoje, a única pessoa a marcar gol em cinco edições diferente do torneio, considerando homens e mulheres.
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"É uma briga sadia. A gente sabe da nossa responsabilidade, mas nossa briga é através de exemplos. Quem está à frente do futebol brasileiro hoje entende isso, vivemos um cenário bem diferente. É importante a gente usufruir do momento e que possamos progredir, não regredir. É uma responsabilidade grande, mas é muito boa e saborosa. Estamos colhendo frutos do que estamos fazendo há muito tempo", prossegue.
Atualmente a atacante está fora da seleção, por causa de uma lesão no ligamento do joelho. Ela se machucou em março deste ano, quando atuava pelo Orlando Pride, dos Estados Unidos, o que a deixou de fora da Copa América feminina. E nem mesmo a idade avançada, 36 anos, a faz querer aposentar da Amarelinha.
"Não descartei a volta para a Seleção. Tive uma lesão, vai fazer cinco meses agora do pós-cirúrgico, tenho plena consciência que é um trabalho complicado, árduo e difícil, mas com força de vontade e só depende de mim para estar na Seleção com as meninas. Vou seguir meu trabalho e meu caminho. Espero ano que vem estar com elas", encerra.
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