Lembranças de um clássico: a história do 'Verdadeiro Robgol', o último a marcar três gols em Re-Pa

No início dos anos 2000, um desconhecido Robinho chegava ao Remo para marcar o nome na história do clássico mais disputado do planeta

Luiz Guilherme Ramos
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Se tem uma coisa que o torcedor paraense guarda com carinho, são os seus ídolos. De tempos em tempos alguém aparece para mexer nas estruturas emocionais que cercam o clássico mais disputado do mundo. Uma dessas lendas perdura por duas décadas e atende pelo singelo nome de Robinho, o último jogador a marcar três vezes no mesmo clássico.

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Robinho chegou ao Remo no início dos anos 2000, vindo do Mérida, da Espanha. Naquele ano o Remo disputava o módulo Amarelo da Copa João Havelange, equivalente à Série B atual e o treinador do time era Paulo Bonamigo. Sob o comando dele, o centroavante conseguiu um feito de poucos, marcar três gols em um único clássico, na disputa do terceiro lugar do módulo amarelo. Depois daquele jogo a relação entre o ele e o clube nunca mais foi a mesma.

"Eu lembro que eu escutava uma frase, 'Perca o campeonato mas não perca o Re-Pa'. As coisas boas que eu lembro que envolve o clássico são a atmosfera durante a semana, as expectativas que giram em torno do clássico. Eu lembro que nós fazíamos um coletivo no Baenão e dava mais ou menos mil e quinhentas pessoas. Público maior que em um jogo normal do Bangu aqui no Rio, na primeira divisão", conta o ex-jogador.

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Ao todo, foram 35 gols em duas passagens pelo Leão Azul, além de seis gols em clássicos. Como um especialista, ele acredita que é preciso empenho para suportar não só o adversário, mas a pressão das arquibancadas. "A expectativa do torcedor para o clássico é incrível. Motiva bastante os jogadores. Eu acho que foi uma das melhores coisas da minha vida. Eu joguei na Espanha, no México, Portugal, mas o clássico é diferente. Esse jogo ai mexe muito. Eu acho que todo jogador espera esse momento", assegura. 

Embora não tenha disputado um Re-Pa no Baenão, Robinho vê o jogo da Série C como uma oportunidade para que os verdadeiros atletas se sobressaiam. "Eu acho que tem que se preparar durante a semana toda. Não só entrar com raça. A raça é o teu condicionamento. Conforme você vai adquirindo a mentalidade que você é melhor. As vezes eu entrava dizendo que ia ser protagonista. Eu entrava e dava certo. O importante é cada um jogador achar que é capaz. A torcida vai pressionar, ajudar. Para mim era um combustível".

Sobre o momento mais marcante, sem dúvida o Re-Pa do dia 19 de novembro de 2000, vencido pelo Remo por 3 a 2, os três de Robinho. Desde então, o atleta sentiu na pele o peso de ser um ídolo para uma torcida tão apaixonada. A minha relação com a torcida sempre foi muito boa. Eu lembro que todas as vezes que a gente entrava em campo, a torcida ia mencionando os nomes do goleiro até o atacante. E quando chegava no meu nome, a torcida vinha abaixo. Eu morava no hotel sagres e perto de lá tinha uma feira, era impressionante. Até os torcedores do Paysandu me pediam para jogar lá", encerra. 

 

 

 

 

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