Seleção Brasileira empata em 0 a 0 com a Jamaica e é eliminada na Copa do Mundo Feminina 2023

Seleção Feminina não consegue vencer e cai na Copa ainda na primeira fase. Foi a última partida de Marta em Copas do Mundo

Caio Maia e Pedro Cruz
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Brasil e Jamaica empataram em 0 a 0 em confronto decisivo pela última rodada do Grupo F da Copa do Mundo feminina de 2023. Após uma derrota para a França, a Seleção precisava vencer para avançar às oitavas de final, mas, com o empate, acabou se despedindo precocemente do Mundial. A Jamaica avança para a segunda fase junto com as francesas. A partida ainda marcou a despedida da atacante Marta das Copas do Mundo, com seis participações nas costas.

No outro jogo do Grupo F, a França goleou o Panamá por 6 a 3, acabando com a última chance do Brasil avançar - uma vitória panamenha classificaria a Seleção na segunda colocação.

O Jogo

Pelo caráter decisivo da partida, inclusive no fator psicológico, a técnica Pia Sundhage escalou a seleção com Marta como titular no ataque. A camisa 10 começou bastante ativa na partida, buscando o jogo. Os primeiros minutos foram de amplo domínio terrotiral do Brasil, jogando com linhas altas e pressionando a saída de bola do time jamaicano, o que acelerava a recuperação da posse.

Aos 10, o time canarinho conseguiu sua primeira jogada envolvente, com Rafaelle, que carregou a bola pelo meio e enfiou para Debinha na área. Ela dominou bem e rolou para Marta finalizar prensada pela zaga. O time sul-americano seguiu pressionando, rondando a área da equipe da América Central. Aos 19, foi a vez de Debinha chutar forte de dentro da área e forçar difícil defesa da goleira Spencer.

Brasil x Jamaica Copa do Mundo Feminina

 

Enquanto isso, em Sidney...

O Panamá chegou a abrir o placar sobre a França, com um golaço de Marta Cox (assista abaixo) aos 2 minutos. O placar parcial garantiria o Brasil na segunda fase, mas, aos 21, a França chegou ao empate com Lakrar. Aos 28, Diana virou e aos 37 ampliou para as francesas, enquanto Le Garrec, nos acréscimos do primeiro tempo, transformou em goleada: 4 a 1. Já no segundo tempo, Diana fez, de pênalti, o 5º das francesas. Pinzón e Cedeno descontaeram para o Panamá e Becho, já nos acréscimos, deu números finais a favor da seleção europeia: 6 a 3.

Brasil pressiona

Na busca pelo primeiro gol, o Brasil empurrou a Jamaica em seu campo de defesa. Durante boa parte da primeira etapa as caribenhas ficaram com as 11 jogadas atrás do meio do campo. Tanto que a primeira jogada ofensiva do adversário brasileiro aconteceu aos 31, em bola longa lançada para Shaw na área, mas a goleira Letícia, atenta, saiu do gol e recebeu o recuo de cabeça de Rafaelle, que se antecipou à jamaicana na jogada.

Pouco depois, aos 36, Marta teve boa chances para abrir o placar, mas demorou para finalizar e acabou perdendo a bola já dentro da área. O lance começou com mais uma boa troca de passes entre a Rainha e Debinha. A estratégia brasileira prosseguiu ao longo de toda a primeira etapa. Apesar da grande posse e do número de finalizações, a defesa da Jamaica se sobressaiu e manteve o placar em 0 a 0 até o intervalo.

Mudanças no segundo tempo 

As duas equipes sofreram alterações para a etapa final. No Brasil, Ary Borges saiu para a entrada de Bia Zaneratto, enquanto a Jamaica trocou a amarelada Cheyna Matthews por Tiffany Cameron. A proposta de Pia Sundhage foi de tornar a equipe canarinha ainda mais ofensiva, com Zaneratto aberta pela esquerda, Marta enfiada na área e Debinha  na direita, formando um tridente de ataque. O time trocou o 4-4-2 pelo 4-3-3.

O jogo permaneceu com as brasileiras com ampla posse de bola. Aos 11, mais uma boa chance perdida: Adriana disparou em velocidade pela direita, invadiu a área e cruzou rasteiro, na marca da cal, mas ninguém penetrou e apareceu para finalizar.

Já eram passados 20 minutos do segundo tempo e o Brasil continuou, mesmo com muito tempo com a bola nos pés, sem conseguir levar perigo ao gol de Spencer. A Seleção recorreu às bolas aéreas, mas a Jamaica, com jogadoras mais altas, levava a melhor neste tipo de lance.

Demora para mexer

O passar do tempo começou a transformar a ansiedade brasileira em desespero, e erros de tomada de decisão se tornaram mais constantes. Enquanto isso, a Jamaica segurava bem o ímpeto brasileiro e conseguia se sobrepor no aspecto físico. E a técnica Pia Sundhage, aos 30, não dava qualquer sinal de novas substituições até Luana pedir para sair sentindo dores na coxa.

Pia, então, fez logo três mexidas: tirou Luana, Antônia e Marta para colocar, respectivamente, Duda Sampaio, Geyse e Andressa Alves, tornando o Brasil super ofensivo. Era tudo ou nada. E Geyse quase se consagrou em seu primeiro toque na bola. Ela recebeu na área o passe de Bia Zaneratto, mas chutou muito mal, para fora.

Defesa impenetrável

Se no Brasil a busca pelo gol se transformava em desespero, a Jaimaca jogava de maneira serena, gastando o tempo. O empate garantia o time caribenho na segunda fase, então era só se defender e esperar o apito final. Qualquer lateral ou tiro de meta era uma oportunidade para fazer o relógio correr. E, mesmo insistindo, as brasileiras não conseguiram balançar as redes  e Jamaica continua na Copa sem ter, ainda, ter sofrido um gol sequer.

Ficha técnica:

Brasil x Jamaica
3ª rodada do Grupo F da Copa do Mundo feminina

Data: 2 de agosto
Horário: 7h (de Brasília)
Local: Melbourne Rectangular, em Melbourne, na Austrália
Cartões amarelos: Matthews (JAM)
Cartões vermelhos: -
Gols: -

Brasil: Lele; Antonia (Geyse), Rafaelle, Kathellen e Tamires; Kerolin, Luana (Duda Sampaio), Adriana e Ary Borges (Bia Zaneratto); Debinha e Marta (Andressa Alves). Técnica: Pia Sundhage

Jamaica: Spencer; Chantelle Swaby, Deneisha Blackwood, Allyson Swaby e Tiernny Wiltshire; Vyan Sampson, Drew Spence, Jody Brown (Washington) e Cheyna Matthews (Tiffany Cameron); Khadija Shaw e Atlanta Primus. Técnico: Lorne Donaldson.

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