Irmã de ex-jogador do Flamengo é presa por aplicar golpe na venda de ingressos para o Rock in Rio
Lívia Moura, irmã do ex-lateral-direito Léo Moura, teria recebido depósitos de cerca de R$ 20 mil de uma vítima, que nunca recebeu os ingressos; a acusada segue foragida
Uma operação conjunta entre a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira (5), foi desencadeada com o objetivo de prender Lívia Moura, irmã do ex-jogador Léo Moura. Ela é acusada de estelionato na venda de ingressos para o festival Rock in Rio.
Os agentes cumprem dois mandados, um de prisão e outro de busca e apreensão, e foram até a residência da mulher, no bairro da Freguesia, em Jacarepaguá, no zona oeste do Rio. Por não ter sido encontrada no endereço citado, ela já é considerada foragida da justiça. Lívia foi denunciada por uma pessoa, que denunciou o caso à polícia, após transferir R$ 20,8 mil para a acusada, via PIX.
Entretanto, após enviar a dinheirama, os ingressos que a vítima deveria receber, nunca foram entregues, segundo as investigações da 13ª DP (Ipanema). Outras pessoas já foram identificadas pela polícia como prováveis vítimas e serão ouvidas nas próximas horas. Lívia teria criado inclusive um site falso para aplicar os golpes, valendo-se da popularidade do festival e a oferta de ingressos mais baratos que o preço médio do evento.
"É importante destacar que a acusada já é conhecida da polícia, e ostenta outros antecedentes criminais pela prática de outros golpes. Ela se vale do fato de ser irmã de ex-jogador de futebol para passar credibilidade às vítimas e, assim, aplicar o golpe, que nesse caso foi de mais de R$ 20 mil. Já há noticias de outras vítimas que comparecerão em sede policial para registrar outros golpes idênticos praticados pela acusada", comenta o delegado Felipe Santoro, titular da 13ª DP.
A vítima que transferiu os quase 21 mil reais contou em depoimento que comprou 26 ingressos para diversos dias do festival, depois que a acusada ofereceu os bilhetes em um aplicativo de mensagens. Ela ainda teria entregue mais R$ 3 mil em espécie para um vizinho de Lívia, mesmo assim não houve entrega dos ingressos. A justiça já bloqueou uma conta bancária de Lívia.
SAIBA MAIS
"Ela vende ingressos possuindo contatos lá dentro e repassando o número desses ingressos, sendo que as pessoas compram em sites falsos, e também falsifica ingressos físicos, no caso de cortesias e vouchers também. E esse golpe no caso em questão de hoje, a Justiça imobilizou R$ 300 mil da conta dela. A gente tem nesse caso essa imobilização e no outro procedimento nós temos uma de R$ 150 mil. Agora as contas estão bloqueadas, os bens e imóveis também e ela está com mandado de prisão pendente por estelionato, organização criminosa, violação de direito autoral, entre outros crimes", prosseguiu o delegado.
Depois de consumar a venda, Lívia não atende mais os contatos e tampouco responde as mensagens. Nestes casos, de acordo com o delegado, o melhor é ficar atento antes de fechar o negócio.
"É preciso ficar atento às ofertas com preços vantajosos. Confira sempre a identidade do vendedor e os dados do ingresso, no site oficial do evento. Privilegie sempre a compra em site oficial ou a venda presencial. Em caso de golpe, procure a policia imediatamente para podermos tomar as providências necessárias e evitar o prejuízo da vitima", alerta.
A reputação de Lívia inclusive já foi alvo de seu irmão famoso, que, em 2020, chegou a usar as redes sociais para denunciá-la. Na época, o ex-jogador disse que não compartilha "com mau caratismo e nem safadeza", em uma publicação mais que direta à irmã do crime.
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