Insegurança de jogadores do Palmeiras foi decisiva para veto ao Allianz Parque; entenda
Diretoria afirma que time não jogará mais no estádio enquanto não houver manutenção do gramado sintético; Arena Barueri é principal opção para as partidas
A decisão do Palmeiras de não realizar mais jogos no Allianz Parque até que a Real Arenas, empresa da WTorre, faça uma manutenção no gramado do estádio foi fortemente influenciada pelos relatos dos jogadores à direção.
A empresa emitiu uma nota nesta segunda-feira (29), indicando que solicitou a substituição do composto termoplástico presente no campo. No primeiro jogo da equipe na arena em 2024, na última quarta-feira, contra a Inter de Limeira, alguns jogadores já haviam manifestado no intervalo a má qualidade do piso. Uma substância pegajosa que aderia às chuteiras prejudicava o desempenho.
Após o confronto, o atacante Bruno Rodrigues queixou-se de dores no joelho direito e passou por exames que revelaram uma lesão que pode afastá-lo do gramado por um período de quatro a cinco meses. A direção do Palmeiras suspeita que a condição do gramado foi determinante.
No jogo contra o Santos, no último domingo, os jogadores voltaram a se queixar. O piso estava ainda pior devido a um show realizado no local no dia anterior, que danificou ainda mais o gramado.
Conforme relatos ouvidos pela reportagem, o gramado sintético, quando em boas condições, recupera o estado normal ao ser pisado. No Allianz, a grama fica "amassada", o que pode ocasionar escorregões e, por conseguinte, lesões. Após o clássico de domingo, o técnico do Santos, Fábio Carille, descreveu o piso como um "ralo".
VEJA MAIS
Devido à instalação de placas para os shows promovidos pelo estádio, a grama também sofre um processo de queimadura, causando desgaste no piso e tornando-o cada vez mais sem aderência, acumulando a substância que adere às chuteiras.
"Acho que o campo sempre foi bom, mas está faltando manutenção. Penso que eles tiraram o pé por conta dos shows. Acho que é difícil não ter manutenção. Em 2021, 2022 ninguém estava falando, muito menos a gente. Precisa de manutenção para dar continuidade no nosso trabalho", afirmou Gabriel Menino.
Onde o Palmeiras vai jogar?
Com a determinação da diretoria de retornar ao Allianz Parque somente após a manutenção do gramado, o Palmeiras deve escolher a Arena Barueri como local para sediar suas partidas, uma vez que o Pacaembu, embora desejado, enfrenta um período prolongado de reformas.
A viabilidade da Arena Barueri é favorecida pelo fato de Leila Pereira ser a "dona" do local pelos próximos 35 anos. Uma das empresas da presidente do Verdão venceu a licitação para administrar a arena, e o contrato foi formalizado em 31 de outubro.
A Crefipar Participações e Empreendimentos S.A, companhia de Leila Pereira e vencedora da licitação, compromete-se a investir cerca de R$ 500 milhões ao longo dos 35 anos de gestão da Arena Barueri.
Estão previstas melhorias na estrutura, como pintura interna e externa, reparo dos assentos, substituição da iluminação por LED e a instalação de gramado sintético.
Devido à participação na Supercopa do Brasil no próximo domingo, o Palmeiras voltará a sediar uma partida pelo Paulistão somente em 8 de fevereiro, contra o Ituano.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA