Homem morre após briga entre torcidas organizadas antes do jogo Flamengo x Vasco
Um homem morreu, oito foram hospitalizadas, sendo duas em estado grave, após brigas antes da partida entre Flamengo e Vasco, neste domingo (5)
Um torcedor identificado como Bruno Macedo dos Santos morreu após ficar ferido em uma briga entre torcedores antes da partida entre Flamengo x Vasco, que ocorreu neste domingo (5), no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Além dele, outras 7 pessoas foram hospitalizadas, sendo duas em estado grave.
A briga entre torcedores organizados se deu por volta das 16h45 de domingo, quando o Corpo de Bombeiros foi acionado para socorrer ao menos duas vítimas. Até o começo da tarde desta segunda-feira (6), três pacientes, dois deles em estado grave, estavam internados. Outros três receberam alta.
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Um dos internados é Carlos Henrique Silva Ferreira, de 34 anos. Segundo familiares, ele sofreu um traumatismo craniano, onde se formou um coágulo em seu cérebro e precisou passar por uma cirurgia na madrugada desta segunda (6). O estado de saúde dele, de acordo com a família, necessita de cuidados.
Em depoimento à imprensa, Cristine Carvalho, mãe de Carlos Henrique, disse como ficou sabendo da briga, onde seu filho teve ferimentos graves: "Através da minha comadre. Ela foi até minha residência levando um vídeo, postando a imagem dele, no caso. Ele no chão, inclusive, sem as roupas, sem os pertences dele, como documentos, chave da moto, levaram tudo. Inclusive, um vídeo bem agressivo, né? Então, ele chegou aqui. Com isso, nós viemos aqui para o Souza Aguiar, porque tivemos informação que ele se encontrava aqui. Ele não veio de ambulância, ele veio, no caso, no carro da polícia", disse a mãe.
"É muito difícil até porque nós estamos assim aguardando uma notícia. Saber assim que um filho da gente se encontra numa situação dessas, numa ignorância. Banalizaram a vida do ser humano até chegar a esse ponto", completa a mãe.
Pronunciamento da Polícia Militar
Além do reforço direcionado à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de Mangueira, outros 600 policiais agiram por volta do estádio, onde prenderam um homem envolvido em uma das confusões entre as torcidas. Segundo a Polícia Militar, "dois homens em uma motocicleta teriam atirado contra torcedores na Rua São Januário, em São Cristóvão". Agentes do 4º BPM (São Cristóvão) foram ao local e auxiliaram no socorro à vítima.
50 pedaços de madeiras, nove barras de ferro, cinco bombas caseiras, fogos de artifício, soco-inglês, e artefatos explosivos foram apreendidos em diferentes pontos de Madureira, Maracanã e São cristóvão
Um homem com ferimentos pelo corpo foi encontrado na Avenida Pedro II e socorrido pelos bombeiros. Além desse, uma segunda vítima foi localizada na Rua Almirante baltazar e encaminhada ao Hospital Quinta D’Or.
Associação de Torcidas nega envolvimento
Em nota, a Associação Nacional das Torcidas Organizadas do Brasil (Anatorg) comunicou que não tem relação com as brigas entre torcedores dos dois times que deixou um morto e vários feridos.
A Anatorg diz ainda que “enviou para as Torcidas Organizadas, Parlamentares, BEPE, MP e ao Governo do Estado todos os pontos de deslocamentos e, durante o percurso, até a chegada no entorno do estádio, não houve conflito”, destaca.
Ainda segundo a Associação:
- “Na quinta-feira (2), houve a reunião de pré-jogo no Bepe, com 20 torcidas organizadas representadas, mas muito breve e protocolar, sem maiores orientações;
- Os uniformes e carros da PM não têm as câmeras, para registro das ocorrências, como determina o STF.
- Durante um longo período, não tivemos conflito entre as torcidas do Rio de Janeiro.
- A torcida do Flamengo tem como rota de chegada ao Maracanã, a avenida Radial Oeste, e a do Vasco, a Quinta da Boa Vista. Por qual razão, não havia policiamento na passarela que separa as duas vias, permitindo assim, que houvesse o encontro dos torcedores?
- Diversos artefatos, pedaços de pau foram apreendidos. Por que os supostos torcedores que os portavam, não foram detidos?
- Não há relação dos torcedores baleados com torcidas organizadas.”
(*Gabriel Bentes, estagiário sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)
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