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Governo do Pará entrega hoje o Novo Mangueirão ao torcedor paraense

Clássico RE-PA marca o início de uma nova era para o futebol paraense em um estádio moderno reconstruído no "padrão Fifa"

O Liberal

O domingo de Páscoa de 2023 será marcado por um reencontro na capital paraense. Hoje, os torcedores paraenses terão oficialmente de volta o Estádio Olímpico do Pará - Jornalista Edgar Proença. Seja nas arquibancadas ou no gramado, torcedores e jogadores dividirão a emoção de estarem juntos na reabertura oficial do Novo Mangueirão, com clássico RE-PA, válido pelo Campeonato Paraense.

“Feliz de nós termos um estádio que esteja na modernidade, na grandeza, na segurança e acessibilidade que o nosso torcedor precisa e merece. Eu tenho certeza de que o Novo Mangueirão incrementa, ainda mais, a paixão pelo futebol, a paixão do paraense pelo esporte, valorizando o amor dos nossos torcedores pelos seus clubes, na certeza de que, com um estádio nesta dimensão, certamente o Pará estará alçando mais protagonismo no futebol nacional e regional para que possamos ter uma praça esportiva moderna, com qualidade e gerando emprego e renda, trazendo eventos para o nosso estado e, claro, garantindo um local adequado para aqueles que nos visitarem”, comentou o governador Helder Barbalho.

O campo foi uma das etapas de modernização do Estádio, feitas pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (SEDOP), que agora segue as diretrizes da Federação Internacional de Futebol (Fifa).

“Realmente agora podemos considerar a história antes e depois do Novo Mangueirão. Eu, que joguei na estreia oficial do estádio, em 1978, nunca vou esquecer aquele jogo. Hoje o nosso gramado não deve nada ao de Maracanã, Morumbi e até a estádios da Copa do Qatar. Foi empregada toda a tecnologia possível aqui”, comenta o ex-jogador Raimundo Nonato Mesquita, autor de dois gols do placar de 4x0 da Seleção Paraense contra a Seleção do Uruguai, durante a partida oficial de inauguração do estádio há 45 anos, no ano de 1978.

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Modernização - O estádio, que começou a ser edificado em 1973 e abriu as portas pela primeira vez há mais de 40 anos, teve que se adequar a exigências de segurança, novos padrões estabelecidos pela Fifa e modernizações tecnológicas. 

Projeto do arquiteto paraense Alcyr Meira, o Mangueirão, batizado assim pelos moradores da cidade das mangueiras, foi construído por módulos e se tornou um ícone para o Pará. “O Estado ganhou uma projeção grande. Foi uma festa muito bonita. Até hoje alguns torcedores me reconhecem e eu fico muito feliz de ter feito parte dessa história. Eu sinto muito orgulho desse projeto. Futebol é a alma do povo brasileiro”, comenta o arquiteto. 

A total reestruturação do Mangueirão elevou o nível de segurança e conforto do estádio, agora, com capacidade para 50 mil torcedores. A obra de modernização traz a garantia da realização de grandes eventos esportivos de nível Internacional.

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O secretário de obras do Estado, Ruy Cabral, destacou a importância dos dois eventos  testes realizados antes da entrega oficial para se garantir a excelência do estádio. “Dentro do que se esperava pela magnitude do evento, pelo gigantismo que é o Mangueirão, pela importância do jogo e pela capacidade de público. Nós consideramos que o resultado foi extremamente satisfatório", comentou.

São novas rampas de acesso, elevadores, cabines de transmissão, camarotes, banheiros, restaurantes, cobertura, instalações, sistema de sonorização e iluminação cênica, placares, controle de acesso, substituição da pista de atletismo, novas acomodações para atletas, área externa refeita, projeto de sustentabilidade, recuperação da estrutura, postos policiais, câmeras com reconhecimento facial e ampliação do setor de cadeiras com substituição dos assentos por poltronas retráteis. 

Além do futebol

Palco de grandes eventos para além do futebol, o Mangueirão recebeu shows importantes, como o do grupo musical Menudo, em 1985. Também ganhou reconhecimento internacional com o Gran Prix Caixa de Atletismo, com a marca de mais de 42 mil expectadores presentes, sendo o maior em público do Brasil em competições de atletismo. Além de celebrações religiosas, como o XVII Congresso Eucarístico Nacional, realizado pela Arquidiocese de Belém, em 2016, e eventos das igrejas Quadrangular e Assembléia de Deus.

Segundo o Secretário de Esporte e Lazer, Cássio Andrade, a ideia é que o espaço seja palco para receber importantes eventos esportivos e culturais “A gente quer ampliar o uso esportivo do estádio e trazer vários eventos do esporte para cá, mas também queremos resgatar a cultura e o lazer, que são os pilares da secretaria”, enfatiza o titular da pasta.

Nova era

O principal palco do futebol paraense está pronto para receber os torcedores, os eventos inesquecíveis e as novas revelações, apoiadas por quem fez carreira no esporte e sabe o valor do Mangueirão para os paraenses.

José Róbson do Nascimento, o Robgol, tem o estádio como uma casa. De longa trajetória pelo Paysandu, o jogo mais marcante foi a vitória de 5 a 2 contra o São Paulo, em 2003, pelo Campeonato Brasileiro. 

“Em uma tarde mágica ganhamos de goleada. E o melhor, eu marquei 3 gols em apenas 8 minutos”, exalta o ex-centroavante. “Se já era bom jogar naquela época, imagina agora seguindo aos padrões exigidos pela Conmebol e pela Fifa. Posso afirmar que estamos recebendo um grande presente, um verdadeiro incentivo para o esporte paraense”, ressalta Robgol. 

Reabertura

Aprovado por bicolores e azulinos, o Mangueirão reabre hoje para mais uma partida do clássico Remo e Paysandu pelo Campeonato Paraense, às 16h. Um jogo que liga o passado e o futuro, para quem tem o privilégio de ser e fazer parte dessa história.

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