Goleiro que revidou ataques racistas em jogo na Espanha é suspenso por Federação

Cheikh Sarr, goleiro senegalês do Rayo Majadahonda, saiu de campo durante partida após ser vítima de racismo; o brasileiro Vinícius Júnior chegou a declarar apoio ao jogador

Andréia Santana
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O goleiro Cheikh Sarr foi punido pela Federação Espanhola de futebol, após reagir a ataques racistas que sofreu em campo durante uma partida da sua equipe Rayo Majadahonda contra o Sestao River, pela terceira divisão espanhola. O jogador saiu de campo após ouvir gritos de “macaco” da torcida rival. 

Após deixar o campo, o jogador foi oficialmente expulso pelo árbitro da partida e seus companheiros de time decidiram ir ao vestiário aos 38 minutos do segundo tempo do jogo, e não voltaram ao campo. O time estava perdendo por 2 a 1, tinha dois jogadores expulsos e sem mais substituições, ou seja, ficaria com oito atletas em campo e sem goleiro.

Veja o momento:

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Nesta quarta-feira (3), a Federação espanhola decretou que Sarr está suspenso por dois jogos, e o Rayo Majadahonda, seu time, está derrotado por 3 a 0, algo equivalente a um W.O, e multado em 6 mil euros (aproximadamente R$ 33 mil).

Na súmula, o árbitro registrou que “o jogador Cheikh Sarr foi expulso após pular a cerca perimetral do campo de jogo, saindo do campo de jogo na área atrás do gol onde se encontrava, para atacar violentamente um dos espectadores ali presentes.”

O jogador declarou estar arrependido da atitude de ter deixado o campo, mas falou que estava muito nervoso no momento do insulto e se diz arrependido de sua reação, mas que ficou magoado com o que ouviu. “Se voltar a acontecer, saberei como me comportar”, disse o goleiro.

O brasileiro Vinícius Júnior, alvo constante de ataques racistas no futebol espanhol, chegou a se pronunciar sobre o caso nas redes sociais e declarou seu apoio a Cheikh Sarr. Ele ressaltou que a situação não foi isolada e que no fim de semana outros ataques racistas também foram registrados no país.

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