Gol de Richarlison na Copa é finalista ao Prêmio Puskás, em lance que rendeu foto do ano a O Liberal
O camisa 9 da Seleção Brasileira anotou um dos gols mais bonitos da Copa do Mundo e concorre com o francês Payet e o polonês Marcin Oleksy
O centroavante Richarlison foi indicado ao Prêmio Puskas 2023, graças à obra de arte feita por ele na estreia brasileira na Copa do Mundo do Catar, em 2022. Richarlison concorre com outros dois golaços marcados no ano passado. Um foi feito pelo francês Payet e outro pelo jogador amputado polonês Marcin Oleksy.
Inicialmente, no mês de janeiro a Fifa divulgou uma lista parcial com 11 concorrentes e os lances foram submetidos a uma eleição combinando votos dos fãs, no site da entidade, além de um painel de especialistas. Os três lances mais votados foram conhecidos nesta sexta-feira (10) e o vencedor será revelado na cerimônia de entrega do prêmio The Best, marcado para o dia 27, em Paris.
Richarlison encantou o mundo com o golaço de voleio, na vitória brasileira por 2 a 0 sobre a seleção da Sérvia, na primeira rodada da Copa do Mundo. O gol nasceu após o cruzamento de Vini Jr, tendo ele o trabalho de ajustar a bola, o ângulo e girar o corpo para o arremate certeiro, aos 27 minutos do segundo tempo. Veja:
"Foi um gol muito bonito. Eu já tinha feito um desse pelo Fluminense e outro parecido pelo Everton. Tive a chance de fazer um gol de tesoura novamente e acho que foi um dos gols mais bonitos da minha carreira, porque foi na Copa do Mundo e em um jogo difícil para nós", lembra o craque em entrevista recente.
Os rivais de Richarlison no Puskás
Os demais concorrentes do "Pombo" também fizeram bonito na temporada passada e concorrem com dois belíssimos gols, um deles marcado por um jogador que não tem uma das pernas e precisou de uma muleta para esculpir uma obra de arte do futebol moderno. O polonês Oleksy aliou força atlética excepcional, imaginação e posicionamento para marcar também de voleio, pelo Warta Poznan contra o Stal Rzeszow em junho do ano passado.
"Meu companheiro de equipe fez o passe. Quando o vi se aproximando da bola, eu sabia que ela estava vindo para mim. Eu acertei muito bem. Foi puro instinto. Sempre quis fazer um gol bonito", disse o atleta, que jogou a Copa do Mundo de Amputados de 2022. Com ele em campo, o time chegou às oitavas de final e foi derrotado por 2 a 1 para o Brasil.
O terceiro finalista é o francês Payet, do Olympique de Marselha, que criou sua obra de arte nas quartas de final da Liga Conferência contra o PAOK.
A escolha de quem leva o prêmio acontece através de uma combinação de votos no site da Fifa e a escolha de especialistas, com peso igual para as duas eleições. Cada eleitor montará um Top 3 diante da lista de 11 lances separados inicialmente, com pontuação atribuída ao gol pelo eleitor. Quem somar mais pontos é o vencedor.
SAIBA MAIS
Caso o Richarlison seja escolhido, será a terceira vez que um brasileiro leva o Puskas. Neymar foi o vencedor em 2011, com um golaço na lendária partida entre Santos e Flamengo, pelo Campeonato Brasileiro de 2011, e Wendell Lira, em 2015, pelo Goianésia, diante do Atlético-GO, pelo Campeonato Goiano.
Gol de Richarlison rende prêmio de "Melhor Imagem do Esporte em 2022"
A pintura de Richarlison não premiou apenas o atleta. O mundo inteiro se rendeu à capacidade técnica do atleta e uma imagem em especial, uma representação fiel do momento, foi eleita como a melhor do esporte em 2022. O repórter fotográfico Tarso Sarraf conquistou o prêmio de "Melhor Imagem do Esporte em 2022" pelo Troféu Aceesp 2022.
A premiação dada no último dia 30 de dezembro, em São Paulo, elegeu aqueles que mais se destacaram na mídia esportiva ao longo de 2022 e Tarso, que é Coordenador de Audiovisual de O Liberal, foi premiado com a imagem do exato momento em que o atacante Richarlison aplica o voleio no estádio Lusail, a qual ele atribui uma série de pequenas ações, que o presentearam com o registro que rodou o mundo após a Copa.
"Eu já fotografei todas as modalidades esportivas, mas digo com franqueza que o futebol é o mais difícil, porque você precisa estar atento ao cansaço do corpo e às informações do jogo. Além disso, você precisa enviar o material para o jornal, uma rotina super agitada. Imagine um jogo às 21 horas lá e 16 horas aqui, e nós íamos para a sala de imprensa às 10 da manhã de lá, que dá aqui às 5 da manhã. Depois das 14, 15 horas a gente saia, fazia o pré-jogo, movimentação fora do estádio, entra uma hora e meia antes da partida, marca o lugar um dia antes. Tudo isso impacta diretamente no resultado de uma foto", comenta.
Sobre a imagem capturada, ele explica que o processo de construção de uma fotografia é longo e exaustivo, exigindo do profissional o domínio completo do equipamento e das condições climáticas, bem como de um equilíbrio entre o cansaço físico e mental, haja vista a necessidade de permanecer ali, à beira do gramado, por horas seguidas, suportando enormes variações de temperatura.
"Você fotografa dois tempos, o corpo está cansado, a mente também. Quando começa o jogo de fato você tem que esquecer tudo isso. É preciso estar na posição certa, com equipamento certo, máquina, lente, olhar. É tudo uma construção da obra para sair uma foto. Graças a Deus eu fui abençoado com essa imagem que concorre a vários prêmios. Além disso, o Grupo Liberal investiu na Copa do Mundo e isso nos possibilitou fazer o que a empresa quer. Sou muito grato pela oportunidade e pelo envolvimento de todos nesse trabalho", agradece.
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