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Futebol, respeito e inclusão; clubes e torcidas de Remo e Paysandu criam ações contra a homofobia

Alma Celeste e Camisa 33 optaram por abolir cânticos homofóbicos de seu repertório nos estádios

Fabio Will

Ir ao estádio de futebol, reunir com os amigos, bater um bom papo, comemorar o gol, uma vitória do seu time do coração. Algo normal para a maioria das pessoas, mas nem todos podem fazer ou se sentem seguros a curtir o seu próprio time, em um local público e cheio de pessoas, por se sentirem desamparados e com medo de sofrer homofobia. Medidas já foram tomadas por algumas torcidas em Belém, como parar de entoar cantos homofóbicos.

Tentando conscientizar e modificar o cenário através de ações dentro e fora de campo, citamos as torcidas barras bravas de Papão e Leão. Mais contundente nas ações, a Alma Celeste, torcida do Paysandu, fundada em 2007, decidiu não cantar mais músicas com palavras homofóbicas.

Isso também ocorreu com a Camisa 33, torcida do Remo, que aboliu os cantos dos estádios, além da banda parar de tocar quando o restante do estádio está cantando músicas com homofóbicas. Ações que já são consolidadas pelas duas torcidas e que também partem dos clubes, de forma tímida, mas incisivas e que com o passar dos anos ganharam espaço nas redes sociais das agremiações.

A rivalidade leva torcedores a ofender e maltratar pessoas. Uma agressão gratuita, que só contribui para o aumento dados alarmantes; que afastam torcedores, pessoas que amam o esporte por medo.

De acordo com a Folha de São Paulo, o Brasil é o sexto país mais multados pela FIFA por conta da homofobia. A CBF já desembolsou mais de R$330 mil em punições por cantos homofóbicos em jogos das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Para muitas pessoas torcer por seu clube virou sinônimo de ficar em casa. O futebol, além de esporte, é um espaço de inclusão, diversão e entretenimento e que não combina nada com segregação.

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