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FPF reativa departamento de futebol feminino e promete criar Série B do estadual na modalidade; veja

Presidente Graciete Maués disse que quer diminuir desníveis do futebol feminino no estado e retomar competições de base para mulheres.

Caio Maia

A Federação Paraense de Futebol (FPF) realizou, na tarde desta terça-feira (22), o lançamento do departamento de futebol feminino da entidade. O setor, que já faz parte do organograma da federação, será reativado e terá como principal objetivo o fomento da modalidade no Pará.

Estiveram presentes na cerimônia a presidente interina da FPF, Graciete Maués, o novo diretor do departamento Ivanildo Cardoso e demais representantes do futebol feminino no estado.

De acordo com a presidente Graciete, primeira mulher a assumir o cargo na história da FPF, a ideia de reativar o departamento veio após a participação da Esmac na Supercopa do Brasil de futebol feminino. Segundo a mandatária da entidade, há um desnível claro entre os clubes paraenses e do resto do país. O novo órgão, de acordo com Graciete, busca corrigir diferenças e incentivar a modalidade.

"Quando fui ao Rio de Janeiro, acompanhar as meninas da Esmac, vi o quanto o nosso futebol feminino é carente. Esse departamento sempre existiu, mas estava adormecido. Agora estamos acordando para fortalecer e buscar fomentos. Queremos que o estado do Pará possa ser representado por demais clubes, não só a Esmac. Para isso, precisamos de campeonatos, apoiadores e patrocinadores", disse Graciete.

Segundo Ivanildo Cardoso, novo diretor do departamento, um dos principais focos do órgão será a criação de uma segunda divisão no campeonato paraense feminino. Além disso, o órgão quer retomar as competições de categoria de base no estado.

"Queremos fazer uma primeira divisão enxuta e competitiva. Mais de 20 clubes jogaram o Parazão ano passado e havia um desnível técnico absurdo. Vi várias jogadoras chorando porque foram eliminadas na primeira fase e tomaram goleadas acima de 10 a 0. Além disso, vamos retomar as categorias de base no estado. A CBF possui campeonatos sub-17 e sub-20 e o Pará não tem representante, porque não tem campeonato", explicou.

Mudanças alegram quem já trabalha no setor

Quem comemorou a criação do novo departamento foi Mercy Nunes, treinador da Esmac, única equipe paraense na elite do futebol nacional. Segundo o técnico, a promessa da criação de uma segunda divisão no estado vai incentivar o aparecimento de novos talentos do futebol feminino no Pará.

"Com essa ideia, as equipes com estrutura vão ficar na primeira divisão e as equipes que estão se estruturando jogam a segunda. Não podemos juntar essas equipes porque o desnível é grande. Isso até desmotiva clubes novos que estão surgindo. Ano passado foi assim e acabou sendo aquele fiasco de competição. Temos muito potencial, mas precisamos de estrutura para esses atletas", disse Mercy. 

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