Flamengo joga quase um tempo com um a mais e fica só no empate com a Chapecoense
Polêmico e com duas expulsões, duelo foi realizado na Arena Condá e válido pela 30º rodada do Brasileirão
A missão de perseguir o Atlético-MG está cada vez mais complicada, assim como foi o embate com a virtual rebaixada Chapecoense nesta segunda-feira, na Arena Condá, pela 30ª do Campeonato Brasileiro. E o Flamengo se enrolou ainda mais: ficou no frustrante empate em 2 a 2, mesmo tendo um jogador a mais em boa parte do segundo tempo. Matheuzinho e Michael fizeram para o Rubro-Negro, enquanto Kaio Nunes marcou dois para o Verdão do Oeste.
O resultado não permite que o Fla, terceiro colocado, volte à vice-liderança; está com 54 (11 a menos em relação ao Galo, líder, e um atrás do Palmeiras, o segundo). A Chape passa a somar insuficientes 15 pontos.
NO INDIVIDUAL FUNCIONA
Com dez desfalques, o Flamengo passou longe de empolgar nos minutos iniciais. Moroso e passivo na marcação, viu a Chapecoense criar as duas primeiras jogadas de perigo, ambas pela direita; Henrique Almeida mandou para a longe a principal, na altura da marca da cal. E o talento individual teve que sobressair: Matheuzinho apostou no mano a mano, já dentro da área, e soltou uma pancada rasante e cruzada, abrindo o marcador. Aliás, foi o primeiro gol do lateral-direito pelos profissionais do Flamengo.
VIRA, VIROU!
A Chapecoense teve a sua ousadia para atacar em bloco premiada. Apertou no ritmo quanto à postura ofensiva e, explorando uma frágil marcação dos visitantes, virou o placar num intervalo de cinco minutos. Kaio Nunes marcou ambos os gols, sendo o primeiro depois de conferência do VAR (bola atravessou a linha apenas milimetricamente) e o segundo após uma bela jogada individual de Anderson Leite, que até caneta em Michael na linha de fundo deu antes de cruzar na cabeça do atacante.
EMPATE E POLÊMICAS NO APITO
Por falar em VAR e Michael, ambos entrariam em ação sob holofotes na reta final da primeira etapa. Quanto ao apito, o Fla reclamou bastante de dois lances: um em que Gabi tocou por cima de Keiller, já da pequena área, e foi derrubado, o que foi ignorado pela arbitragem, e o último quando o camisa 9, partindo do próprio campo, recebeu de Arão, se antecipou ao goleiro da Chape e teve o lance (ajustado) anulado. Não houve a recomendada espera, mas, sim, muita reclamação. E isso ocorreu com o jogo já empatado novamente.
Pouco antes, o próprio Gabi achou um lindo passe vertical, num contragolpe, direcionado a Michael, que driblou Keiller e só empurrou para a rede. Primeiro tempo de trocação franca teve de quase tudo e não deixou a desejar em emoção.
EXPULSÃO VOLTOU A LIGAR O FLA
Se você sentiu falta de um vermelho como ingrediente, relaxe. Kaio Nunes foi expulso na casa 15' do segundo tempo, após levar o segundo amarelo, quando o jogo estava num ritmo sonolento. Depois, o Fla ligou na tomada e obrigou Keiller a trabalhar em sequência. Gabi esteve perto do gol 100 pelo clube e viu o goleiro brilhar cara a cara.
BLITZ PELA VITÓRIA... E NADA
O desempenho coletivo do Flamengo, como tem sido recorrente com Portaluppi, foi um desastre. Mesmo com um jogador a mais, o Rubro-Negro cedeu espaços em estocadas esporádicas da Chapecoense, que teve alguns escanteios perigosos, e foi para a reta final com cinco atacantes de ofício (Vitor Gabriel e Vitinho entraram nas vagas de Ramon e Gomes, respectivamente).
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