Corinthians pretende pagar salários atrasados até a próxima semana

Ideia é pagar uma parte já nesta semana, antes do Dérbi, e a outra no dia 15 de setembro, conforme o presidente Andrés Sanchez revelou ao programa "Tino Marcos Uchôa", do GE

Alexandre Guariglia
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Até esta quarta-feira, véspera do Dérbi pela nona rodada do Brasileirão-2020, o Corinthians ainda não havia pago todos os meses de salários atrasados ao elenco, que se tornaram quatro após a última terça-feira, quando venceu a folha de agosto. Mas de acordo com o clube e com o próprio presidente Andrés Sanchez, isso deve ser totalmente resolvido até a próxima semana.

Os atrasos salariais atuais são referentes aos meses de março (sem redução), junho e julho (ambos já com redução por conta da pandemia), além de agosto. A falta de pagamento se deve justamente aos efeitos que a paralisação do futebol e das demais provocou no clube. Tanto que os dirigentes acordaram com o grupo uma redução de 25% na folha salarial neste período.

Com quatro meses de atraso em carteira, os jogadores já poderiam buscar a rescisão unilateral de seus contratos na Justiça, mas devido às constantes conversas entre os jogadores e a diretoria sobre a atual condição financeira, e a atualização sobre a forma como esse dinheiro chegará, há a confiança de que os pagamentos serão feitos e nenhum dos atletas buscará a saída.

Há a expectativa de que uma grande quantidade de dinheiro chegue aos cofres corintianos nos próximos dias: 18 milhões de euros (R$ 113,6 milhões na cotação atual) adiantados com um banco europeu, referentes à venda de Pedrinho ao Benfica, e 4 milhões de euros (R$ 25,3 milhões) da venda de Carlos Augusto ao Monza, da Itália. Daí sairá a verba para pagar os atrasados.

A intenção é que pelo menos dois meses de salários sejam quitados nesta quarta-feira, véspera do clássico contra o Palmeiras, nesta quinta-feira, na Neo Química Arena. A promessa é de que até o dia 15 de setembro, próxima terça-feira, tudo será acertado. Quem estabeleceu essa data foi o próprio presidente Andrés Sanchez, em entrevista ao programa "Tino Marcos Uchôa".

- Até dia 15 de setembro eles sabem que vão receber tudo. Pegou época da pandemia, tivemos dificuldades. Não tenho vergonha de dizer. Foi a única vez que atrasou na história, peço desculpa aos atletas. Você vê jogador nos cobrando, mas não reclamando. Estão correndo, lutando, tentando ganhar independente disso - disse o mandatário corintiano ao programa do GE.

Equacionar essas dívidas com o elenco é um dos objetivos de Andrés antes da eleição presidencial do clube, que acontece no dia 28 de novembro. O candidato da situação, que pertence ao grupo Renovação e Transparência, será Duílio Monteiro Alves, atual diretor de futebol. A candidatura ainda não foi oficializada, mas há algum tempo seu nome é dado como certo no pleito. Na última semana, o próprio Andrés já declarou que será ele a sua indicação.

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