Copa do Mundo 2022: Tite esconde titulares e comenta estreia: 'frio na barriga é menor que em 2018'
O treinador da seleção quer manter o 'fator surpresa' na estreia da Copa do Mundo; Thiago Silva será o capitão até o fim do torneio
Na véspera da estreia do Brasil na Copa do Mundo, o técnico Tite concedeu entrevista coletiva direto de Doha, no Catar, onde a seleção entra em campo nesta quinta-feira, diante da Sérvia, a partir das 13 horas (Brasília), no estádio Lusail. Na ocasião, o treinador falou sobre a preparação do time, mas não disse quais jogadores entram em campo.
Esta é a segunda Copa do Mundo que Tite participa como treinador e, segundo ele, o nervosismo pré-estreia já não é tão grande quanto na Rússia, em 2018. "É menor. O aprendizado pode ser teórico, mas é fundamental prático. Estou um pouco mais leve, mais em paz. Temos o maior torneio do mundo, os maiores atletas do mundo, talvez a maior visibilidade de um esporte do mundo. Mas temos de ser o que somos na nossa essência", disse.
Antes de começar a se esquivar das perguntas sobre a escalação, o técnico comentou a pressão sentida pelo hexa, sendo o Brasil a única seleção do mundo a ter cinco títulos de Copa e até brincou com o peso que carrega nas costas.
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"Não me coloca responsabilidade de 20 anos, são só quatro (risos), de um processo todo. A história é linda e traz pressão, sim, mas a pressão que um país todo vive, apaixonado, está nas ruas. Principalmente a garotada, serve como processo educativo e o futebol também é de educação, fundamentalmente. Tem pressão, mas a tranquilidade de saber das oportunidades que surgem na vida, que sonhar faz parte. O Tostão fala isso, que é bom sonhar, então sonhamos fazer uma grande Copa e ser campeão. E se não for, fazer o melhor. Um só vai ser campeão, mas tem a sensatez e naturalidade que outras grandes seleções buscam este patamar. Pressão é inevitável", avalia.
Pressão que os vizinhos da Argentina sentiram bastante e acabaram perdendo na estreia para a Arábia Saudita. Sobre essa derrota, Tite diz que ficam as lições. "É de reflexão, sim. Respeito, porque são todas seleções, mas servem como análise, sim, como reflexão. Sim. Não há grandeza, nem facilidade maior ou menor. Talvez este seja o grande aspecto. Não tem marca, não tem grife. Não tem grife. Tem orgulho de cada país em fazer seu melhor e enfrentar", entende.
Em relação ao adversário da estreia, o técnico diz que foi bem municiado de informações e pretende colocar em campo um time capaz de neutralizar todos os pontos fortes da Sérvia. "Nosso primeiro adversário vem de um grande trabalho recente, com bons jogos, jogadores importantes, alguns em recuperação, acredito que todos estejam em condições. Estudamos bastante a Sérvia, nossos observadores o Lucas e o Ricardo acompanharam de perto, passamos tudo aos atletas, sabemos como enfrentá-los. Mas é dentro de campo que se resolve, para tirar proveito do que temos de melhor, o que a Sérvia não tem de melhor e cuidado com as características ofensivas deles".
Sempre que o treinador respondia uma pergunta, outra surgiu sobre a escalação. Apesar da insistência dos jornalistas presentes na coletiva, Tite se manteve intacto e não revelou nada sobre os 11 titulares, com o discurso de manter o "fator surpresa". Apesar disso, o técnico da seleção deixou os jogadores livres para as famosas 'dancinhas' na hora do gol.
"Naturalidade, respeito a uma cultura, a um jeito de ser. Ela não é pejorativa em demérito a alguém. É uma característica nossa, assim como respeitamos as culturas dos países, respeitem a nossa. É alegria, o gol é o momento maior. Nosso jeito é com respeito ao adversário, mas é também um respeito a nós mesmos", encerra. Ao lado dele, o zagueiro Thiago Silva também esteve na coletiva. Ele já havia sido anunciado como capitão da seleção para a estreia, mas deve permancer na condição até o fim do torneio.
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